O projeto atua como uma ferramenta de divulgação científica e inclusão produtiva dos empreendimentos coletivos nos municípios da Amazônia Legal.
Um banco de dados que categoriza e detalha as cooperativas e associações da agricultura familiar, de acordo com o Estado, nome, município e produto escolhido na busca do usuário, é o principal objetivo de pesquisa ‘Projeto Redes de Valor na Amazônia (Provalor): fortalecimento do mapeamento do extrativismo da Amazônia e dos laboratórios de cartografia’, e atua como uma ferramenta de divulgação científica e inclusão produtiva dos empreendimentos coletivos nos municípios da Amazônia Legal.
O coordenador da pesquisa e doutor em geografia, Reginaldo Conceição da Silva, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), afirma que o cadastro na plataforma permite que a própria organização se insira no mapa das cooperativas e associações e autodeclare onde está, os contatos responsáveis, como funciona e os produtos que trabalha, permitindo maior visibilidade às organizações coletivas que atuam nos territórios, sem que intermediários façam esse processo.
“Estamos atualmente em negociação com os atuais parceiros e novos parceiros, que já possuem informações específicas sobre a cadeia e, provavelmente, resultará em um protótipo inicial em forma de página estática com informações específicas da cadeia de valor”,
disse Reginaldo sobre os novos rumos do projeto.
Com quatro fases em andamento e atualmente 18 pesquisadores, os principais objetivos a serem desenvolvidos ao longo do projeto são:
– desenvolver um mecanismo de inclusão de outras bases de dados;
– criar o módulo ‘Castanha’, como protótipo específico de uma cadeia de valor;
– fortalecer os Laboratórios de Cartografia do Alto Solimões, em Tabatinga e em Benjamin Constant (distantes a 1.108 km e 1.121 km da capital, respectivamente).
Esta segunda fase também foi responsável por apoiar a estruturação de dois laboratórios no Alto Solimões, o Minilaboratório de Nova Cartografia Social na UEA e o Laboratório de Administração na Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
O primeiro realiza as capacitações em geoprocessamento, nova cartografia e realização de expedições para fornecer ferramentas às organizações regionais do Alto Solimões.
O segundo é responsável pela criação das bases de dados sobre as redes de valor, bem como a estruturação dos protótipos e plataformas que darão suporte a divulgação científica dos resultados.
A pesquisa é amparada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) no âmbito do Programa de Apoio à Interiorização em Pesquisa e Inovação Tecnológica no Amazonas.
Rede Rhisa
O projeto também permitiu que as cooperativas e associações de produtores agroextrativistas localizadas na Amazônia Legal fossem incorporadas ao novo módulo da plataforma de serviços da Rede de Recursos Humanos e Inteligência para a Sustentabilidade na Amazônia (Rede Rhisa).
A Rhisa faz parte de uma iniciativa do Instituto Acariquara, com o apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Ufam e financiada pelo Instituto Clima e Sociedade (ICS).
Segundo estatísticas gerais do Provalor, são 1.293 cooperativas cadastradas, das quais 193 são do Amazonas, sendo o terceiro estado classificado no ranking, ficando atrás somente do Maranhão (454) e do Pará (233). Os municípios integrantes da plataforma totalizam 452. Para mais informações, acesse: https://rhisa.org/cooperativas.