A expedição percorre 10 municípios, em um trajeto de quase 900km, de Belém ao município de Breves, no Marajó, e entrando no rio Tocantins até o município de Baião.
“É um trabalho importante, porque além desse levantamento e monitoramento nunca ter sido realizado, com a pesquisa nós também podemos realizar a primeira estimativa do microplástico que está saindo do rio Pará e indo para o oceano, ou seja, são dados com impacto internacional e podem contribuir para a agenda ambiental do estado, especialmente nesse momento de interesse de sediar Conferência Mundial do Clima em 2025”
disse.
A pesquisadora explica que os dados também contribuem para previsões futuras do nível de água e correntes, o que pode gerar um sistema de monitoramento para previsão de riscos e desastres para a população do Pará. O grupo se desloca em um barco laboratório, o percurso da expedição é georreferenciado e a coleta de dados ocorre durante todo o dia, tanto por meio de equipamentos, tanto por coletas completas, realizadas pelos pesquisadores em sete pontos específicos, de acordo com o ciclo da maré, totalizando 13h diárias.
A primeira expedição já foi realizada, mas estão previstas mais 04, que aguardam o repasse do recurso para continuar. O projeto “Influências dos Processos Hidrodinâmicos sobre as trocas de carbono e nitrogênio no sistema estuarino no rio Pará” é financiado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet) e executado pela Fundação Guamá. Além de pesquisadores de iniciação científica, mestrado e doutorado , o projeto também reúne cientistas da Universidade Federal do Pará (Ufpa); Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Universidade de São Paulo (Usp); Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); Museu Emilio Goeldi e Fundação Guamá.