Pesquisa monitora qualidade da água em reserva biológica da Amazônia

Com os dados obtidos será possível identificar fontes de degradação da qualidade da água na reserva amazonense e contribuir com a preservação da biodiversidade aquática na região.

Pesquisa realizou o monitoramento detalhado da qualidade da água de rios localizados na Reserva Biológica do Uatumã, em Presidente Figueiredo, no Amazonas.Os dados já alcançados indicaram que os parâmetros utilizados para checar as características de cursos d’água, como pH, turbidez e transparência, por exemplo, possuem pouca variação temporal e espacial, na região. 


As informações foram obtidas após a realização de cinco campanhas de coleta de dados nos rios Uatumã e Pitinga, além de afluentes e no lago de Balbina. A pesquisa também utilizou imagens de sensores, instalados em satélites, para mapear a qualidade ambiental da água na Reserva Biológica do Uatumã, demonstrando que é possível fazer o monitoramento remoto da região.

De acordo com o coordenador do projeto e doutor em Clima e Meio Ambiente, Rogério Marinho, professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), foram analisadas diferentes características físico-químicas da água.

“O projeto pretende gerar produtos na forma de mapas multitemporais da distribuição espacial da concentração de sólidos em suspensão, turbidez e profundidade do Disco Secchi (transparência da água). Esses mapas podem ser utilizados para o monitoramento e avaliação da qualidade da água na região estudada, e podem contribuir para o desenvolvimento de estratégias de gestão ambiental”, informou.
Foto: Rogério Marinho/Acervo pessoal

Monitoramento 

Com esses dados e ferramentas, será possível identificar fontes de degradação da qualidade da água no local e contribuir com a preservação da biodiversidade aquática na região estudada, garantindo a manutenção do equilíbrio dos ecossistemas.

Além disso, as informações disponibilizadas na pesquisa tornam possível fornecer explicações úteis para a população em geral, permitindo que as pessoas acompanhem a qualidade da água na Reserva e seu entorno e, por consequência, contribui para gestão das atividades de ecoturismo no Lago de Balbina.

Foto: Rogério Marinho/Acervo pessoal

O estudo é realizado por uma equipe de dez pesquisadores vinculados à Ufam, à Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Universidade de São Paulo (USP) e à Universidade Federal de Pelotas (UFPel), de diferentes áreas de atuação, como Geografia, Geologia, Química, Biologia e Sensoriamento Remoto. Conforme o coordenador, a diversidade de conhecimentos e habilidades contribui de forma significativa para este projeto multidisciplinar.

O estudo é fomentado pelo Governo do Estado, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), no âmbito do Programa Biodiversa/Fapeam. Iniciado em 2021, a previsão atual é que seja finalizado no segundo semestre de 2023.

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