Pesquisa desenvolve modelo de risco de incêndio para Rio Branco

O objetivo do estudo é desenvolver um modelo de risco de incêndio para Rio Branco, a capital do Acre

Uma pesquisa feita por um estudante da Universidade Federal do Acre (UFAC) destaca a ligação entre as mudanças climáticas, as mudanças no uso do solo e o aumento da frequência de incêndios florestais no Estado. O objetivo do estudo é desenvolver um modelo de risco de incêndio para a capital Rio Branco.

Recentemente, o artigo escrito pelo aluno Kennedy da Silva Melo, do mestrado em Ciência Florestal (Ciflor), da Ufac, ganhou uma versão em inglês na revista ‘Forests‘ (vol. 15, ed. 1, Qualis A2). Também foram obtidos dados sobre focos de incêndio, desmatamento e culturas agrícolas. São coautores do artigo: Rafael Coll Delgado (orientador), Marcos Gervasio Pereira (UFRRJ) e Givanildo Pereira Ortega.

Foto: Divulgação/Ufac

O estudo se chama ‘As consequências das Mudanças Climáticas na Amazônia Ocidental Brasileira: Uma Nova Proposta para um Modelo de Risco de Incêndio em Rio Branco, Acre’. Foram utilizados dados de reanálise validados de 1961 a 2020 extraídos para Rio Branco e diferentes usos do solo.

O modelo de risco de incêndio para o município de Rio Branco, foi desenvolvido através de dados meteorológicos, uso da terra com uma resolução temporal-espacial para estudar e monitorar a capital acreana.

Segundo eles, os incêndios florestais e outros incêndios são uma das grandes preocupações da humanidade hoje, já que se espalham e se aproximam das áreas urbanas, tornando esses ambientes totalmente inóspitos em razão das altas temperaturas, fumaça e toxicidade atmosférica causada pela queima de biomassa.

Para o professor Rafael Coll Delgado, o modelo de risco de incêndio criado poderá auxiliar a Defesa Civil e órgãos do Estado para monitoramento em tempo real e em longo prazo. “Sabemos que, muito em breve, a estação chuvosa dará lugar à estação seca e, pelos modelos climáticos que fazem essas previsões, os incêndios tenderão a ser mais severos”, ponderou.

“Esse modelo poderá alertar a sociedade e servirá de orientação e benefício para a sociedade civil, além de estarmos contribuindo com pesquisa, ensino e extensão de qualidade na Ufac”, 

disse.

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