Antes de chegar aos pés dos Robustas Amazônicos, a água passa por um processo simples, mas que ajuda a garantir que todas as plantas recebam a mesma quantidade de água e de nutrientes.
O uso inteligente da água é um dos diferenciais de uma propriedade de café da Zona da Mata de Rondônia. Essa é uma medida fundamental para melhorar a produtividade da lavoura.
Antes de chegar aos pés dos Robustas Amazônicos, a água passa por um processo simples, mas que ajuda a garantir que todas as plantas recebam a mesma quantidade de água e de nutrientes.
“Nós procuramos a melhor tecnologia para trazer para a Região Norte e essa aqui é a primeira a ser feita”,
revelou o cafeicultor Juan Travain.
“Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”
A técnica usada na propriedade de Cacoal, em Rondônia, consiste em quatro etapas:
- quebrar as partículas da água em pedras;
- decantar a sujeita da água em um tanque alto;
- descer a água decantada para um tanque baixo;
- puxar a água por canos elevados.
“Nós fazemos aqui um tratamento da água, porque nossa água tem muito ferro, muitas partículas ferrosas. Nesse tratamento, a água bate nas pedras, quebra as partículas e a parte sólida da água fica na primeira piscina, depois a água passa por cima e entra na outra piscina maior, onde a gente faz a captação da água também por cima”
explicou Juan.
Fertirrigação
Outro benefício apontado pelo cafeicultor com o uso da técnica é a possibilidade de, por meio dela, fazer uso da fertirrigação. “Com um sistema desse, a gente trabalha com a fertirrigação, então é importante ter o cuidado da água, do quanto de água eu estou entregando para cada pé de café”, explicou Juan.
De acordo com a Embrapa, o sucesso da fertirrigação “depende da distribuição de água às plantas”, que deve acontecer da forma mais uniforme possível.
“[Essa] é uma técnica que viabiliza o uso racional de fertilizantes na agricultura irrigada. [Ela] aumenta a eficiência do seu uso, reduz a mão de obra e o custo com máquinas, além de flexibilizar a época de aplicação, podendo ser fracionada conforme a necessidade da cultura”, explica a Embrapa.
*Por Thaís Nauara, Carol Brazil e Armando Júnior, do g1 Rondônia e Rede Amazônica