Cientistas tocantinenses falam sobre o papel da ciência no combate à pandemia

No Tocantins, existem mais de 1.200 cientistas vinculados às instituições de ensino superior do Estado

É fato que a ciência é o motor essencial para os avanços sociais frente aos desafios sanitários e econômicos enfrentados pela pandemia, como testes, sequenciamento genético, equipamentos hospitalares, fármacos e imunização. Desta forma, o Governo do Tocantins, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (Fapt), destaca a importância do desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação que vem sendo ocorrendo no Estado, principalmente, por meio do amparo ao trabalho dos cientistas tocantinenses que têm se desdobrado de forma integrada a outros pesquisadores do país e do mundo na busca por soluções inovadoras de prevenção, identificação de variantes virais e imunização.

Foto: Divulgação

No Tocantins, existem mais de 1.200 cientistas vinculados às instituições de ensino superior do Estado, os quais desenvolvem centenas de projetos científicos. Por meio de editais, a Fapt financia projetos de interesse público que podem se transformar em políticas públicas. Só na Fapt, de forma direta e indireta, são mais de 50 pesquisadores envolvidos no Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS). Todos financiados pelos governos federal e estadual em diversas áreas do conhecimento e também no combate à Covid-19.

“As instituições de pesquisa científica têm um papel fundamental, principalmente na luta contra a disseminação do novo Coronavírus. Acreditamos na ciência como uma porta aberta para a busca de soluções de problemas. A ciência cria meios efetivos de enfrentamento da pandemia por meio dos esforços científicos que foram canalizados de forma emergencial, e a produção da vacina em tempo recorde representa o avanço da ciência”, afirma o presidente da Fapt, Márcio Silveira.

Opinião dos cientistas tocantinenses

De acordo com o médico e professor doutor em Biociências e Saúde pela Fiocruz com atuação na UFT, Neilton Araújo de Oliveira, as vacinas são seguras. “É fantástico o avanço da ciência nos últimos anos, graças ao desenvolvimento tecnológico e científico, diversos fármacos, produtos e principalmente vacinas seguras e eficazes foram produzidas e permitiram vencer várias enfermidades, além de controlar doenças ao longo da história. Diante da pandemia da Covid-19, a ciência, em tempo recorde, produziu vacinas seguras”, explica o cientista.

“A vacinação é a única maneira de sairmos da pandemia. Ela é segura, todos nós fomos vacinados desde bebê e graças a elas sobrevivemos. Podemos confiar na ciência, porque as vacinas somente são liberadas após rigorosos testes científicos. A rapidez na produção dessa vacina representa um significativo investimento financeiro em soluções tecnológicas, além de muito conhecimento técnico para atender as exigências legais. A Fiocruz e o Butantan são pioneiros em soluções de problemas na área da saúde e na produção de vacinas, além de possuírem uma equipe altamente qualificada, o que os classifica como órgãos de referência no segmento”, explica o pesquisador do PPSUS/TO, professor doutor com atuação no curso de Engenharia Bioprocessos e Biotecnologia do câmpus Gurupi da UFT, Fabrício Souza Campos.

Segundo o pesquisador do PPSUS/TO, professor pós-doutor em Microbiologia dos Alimentos, José Carlos Ribeiro Júnior, da EMVZ da UFT câmpus Araguaína, a ciência tem trabalhado em prol da saúde de todos. “Acreditem no trabalho da ciência, vacinem-se. Nenhum produto será oferecido à população se não for aprovado pelos rigorosos critérios de controle da qualidade de diversas entidades mundiais. Acreditem no trabalho de diversos pesquisadores sérios e comprometidos com a saúde pública. Somente com uma grande parcela da população imunizada, nós conseguiremos retomar nossa atividade normal. Continuem se prevenindo e tomando as medidas de distanciamento e de higiene”, afirma.

“Reforço a importância da ciência para o desenvolvimento sustentável dos Estados e países. Frente ao momento que vivemos de pandemia é cada vez mais importante apoiar a ciência. Como pesquisador, apoio ações de imunizações de todo o mundo e inclusive no Tocantins, Estado em que resido e trabalho. Portanto, conclamo toda a comunidade para apoiar a ciência, na intenção de vencermos essa batalha”, ressalta o pesquisador do PPSUS/TO, professor doutor em Biotecnologia com atuação na UFT, Alex Sander R. Cangussu.

PPSUS no Tocantins

Esses pesquisadores fazem parte do Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS), que é coordenado pelo Ministério da Saúde e conta com a parceria do Governo do Tocantins, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (Fapt). São professores doutores vinculados às instituições de ensino superior do Estado mais novo do país que executam projetos potenciais que visam soluções para a saúde pública do Tocantins, através do desenvolvimento científico e tecnológico.

Desta forma, a Fapt e os órgãos parceiros financiam as pesquisas científicas consideradas prioritárias a fim de adotar uma iniciativa inovadora com um modelo de gestão descentralizado e participativo, envolvendo gestores, profissionais de saúde, pesquisadores e representantes da sociedade civil. Sendo assim, o papel do pesquisador é de suma importância, pois são eles que realizam estudos e produzem relatórios com resultados que subsidiam a tomada de decisão do gestor de saúde.

Importância da SBPC

A Fapt tem acompanhado e trabalhado de forma integrada no que tange aos avanços da ciência, tecnologia e inovação com órgãos parceiros do país e do mundo. Desta forma, vale destacar o trabalho de um importante e potencial parceiro como o da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). “É imprescindível o investimento financeiro necessário para o funcionamento dos trabalhos científicos desenvolvidos pelas universidades, instituições de pesquisa e empresas inovadoras, principalmente no enfrentamento da pandemia. Sendo assim é interessante que os parlamentares reconheçam a importância da ciência evidencie isso nas importantes e expressivas votações para a liberação integral de recursos do FNDCT [Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico]”, explica o professor doutor Ildeu de Castro Moreira, presidente da SBPC. 

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