Considerada uma das maiores feiras de tecnologia do mundo, a Campus Party terá sua primeira edição no Amazonas, denominada ‘Campus Party Amazônia’. A novidade foi anunciada para empresários e imprensa de Manaus na noite dessa quarta-feira (31). O evento tecnológico está previsto para acontecer entre os dias 18 e 22 de março de 2020, na Arena da Amazônia (Avenida Constantino Nery, Flores).
Esta será a segunda vez que a Amazônia será palco da Campus Party, já que uma edição do evento foi realizada em Rondônia, em 2018. Nessa quarta-feira, também foi anunciado que, além de Manaus, a terra das mangueiras (Belém do Pará) também receberá uma edição da Campus Party, prevista para acontecer em novembro, no Hangar Centro de Convenções.
Segundo o diretor geral da Campus Party Brasil, Tonico Novaes, a edição de Manaus será a primeira Campus Party 100% sustentável, e convidou todos os jovens do Estado para conhecer o evento. “Estamos na Amazônia, então, vamos pensar em maneiras de deixar o evento especial para a população. A Campus Party Amazônia será uma experiência única, onde todos aqueles apaixonados por tecnologia poderão ampliar o seu conhecimento“, disse.
Novaes explicou, ainda, a dinâmica da Campus Party para os presentes no lançamento. Serão três áreas disponíveis para o público presente: a primeira é o Open Campus, onde acontecerá apresentações de simuladores, startups, roboticampus, campus jobs e a praça de alimentação; já a Arena, área paga do evento, sediará as palestras, workhops, hackthons, bancadas com internet de alta velocidade; e, claro, o Camping, com barracas, duchas, e um espaço wellness para cuidados com a saúde e bem-estar.
A jornalista amazonense Juçara Menezes acompanhou todo o processo de criação da Campus Party Amazônia. Ela conta que já participou de várias edições e também palestrou na Campus Party Rondônia. “É uma sensação muito boa, tenho certeza que Manaus tem muito potencial para fazer uma edição marcante. Agora é trabalhar para chamar as pessoas, construir um conteúdo coerente e viver os cinco dias de eventos“, afirmou.
A primeira edição da Campus Party foi sediada na Espanha, em 1997, seguindo depois para países como Colômbia, México, Holanda, El Salvador, Costa Rica, Reino Unido, entre outros. Já no Brasil, o evento aconteceu pela primeira vez em 2011, no Estado de São Paulo.
Quem faz a Campus Party Amazônia acontecer
Um dos principais responsáveis por trazer a Campus Party para o Amazonas é o Grupo Transire, liderado pelo empresário Gilberto Novaes. Emocionado, ele contou ao Portal Amazônia que o principal objetivo de sua equipe é exaltar o Estado. “Vai ser um desafio árduo, mas tenho certeza que vamos fazer Manaus brilhar durante a Campus Party, e esperamos que essa parceria permaneça e traga bons frutos para o nosso Estado“, contou.
De acordo com Novaes, muito do crescimento do Grupo Transire está veiculado ao apoio do Estado do Amazonas, principalmente, da Zona Franca de Manaus. Cinco das sete empresas do grupo estão localizadas no Amazonas. “É um lugar próspero que precisa desse incentivo. É um prazer fazer parte deste momento histórico“, destacou o empresário.
A diretoria do Grupo Rede Amazônica e da Fundação Rede Amazônica participou do lançamento da Campus Party Amazônia. Para o diretor de tecnologia da Rede Amazônica, Eduardo Lopes, o evento chega em boa hora e trará benefícios para o Estado. “Precisamos de mais eventos voltadas para a tecnologia. Acho que a Campus Party mudará o patamar de como a nossa região fica perante a tecnologia. Além, claro, da vivência que os jovens vão terão uns com os outros. Tem tudo para transformar o Amazonas em polo de criação de novas empresas do mundo digital“, falou.
Laboratórios
Em parceria com a Universidade Estadual do Amazonas (UEA), a Campus Party Brasil vai trazer para o Amazonas, a iniciativa “Include“, um programa que constrói laboratórios de robótica em comunidades. “É um lugar feito para somar com as comunidades. Às vezes, existem crianças que possuem um QI muito alto, mas não são instruídas da maneira adequada, então, é um talento que se perde. Por isso, a gente luta para que mais lugares tenham o projeto Include“, explicou o presidente do Instituto Campus Party, Francesco Farruggia.
A intenção das aulas nos laboratórios do Include extrapola o simples ensino da robótica, mas buscam inserir os jovens no mercado de trabalho, criando alternativas para que comecem a ganhar dinheiro desenvolvendo soluções para suas próprias comunidades. Para isso, a abordagem é altamente guiada pela prática e contextualizada pela realidade em que vivem.
Confira abaixo os programas oficiais da Campus Party e que irão agitar a Campus Party Amazônia:
Call for Talks – Com o objetivo de empoderar o campulseiro, a Campus Party abre o programa Call for Talks, no qual os interessados podem sugerir palestras, painéis e workshops.
Startup & Makers – Destacar e impulsionar empresas e projetos inovadores com soluções tecnológicas é o objetivo do programa Startup & Makers. Para isso, são selecionados startups e projetos mares para apresentarem suas ideias na área de exposições. Além disso, o programa oferece conteúdo direcionado, mentoras com especialistas de diversos segmentos, agregando conhecimentos aos participantes.
Campus Future – Programa que visa selecionar projetos universitários e de cursos técnicos de nível médio para apresentarem suas ideias na área de exposições. O objetivo é dar visibilidade a esses projetos com soluções tecnológicas desenvolvidas em ambiente académico.
Voluntários – Quem tiver interesse em saber como funciona os bastidores de um evento como a Campus Party pode se inscrever no programa de voluntários. Nele são selecionados estudantes e recém-formados que gostem das temáticas abordadas pelo evento e queiram agregar experiência relevante em seu histórico profissional.
Caravanas – Programa que visa organizar e reunir pessoas de diversas cidades do país e universidades para curtirem da melhor forma possível a #CPAmazônia.