Conheça a história dos fundadores da Rede Amazônica

Joaquim Margarido, Milton Cordeiro e Phelippe Daou fundaram a Rede Amazônica em 1° de setembro de 1972.

Phelippe Daou. Foto: Reprodução/Acervo Rede Amazônica

Phelippe Daou, um importante empresário das comunicações na Amazônia

Os homens que lograram êxito em suas histórias tiveram como principais atributos a coragem, a fé e o espírito empreendedor. São, sobretudo, seres que acreditaram e acreditam nos seus sonhos e projetos – e, movidos pelo entusiasmo e pelos ideais, legaram à sociedade uma história de feitos e conquistas.

A maior herança desses espíritos esclarecidos e altivos é o exemplo que deixam para seus descendentes, especialmente para os mais jovens, de que transformar sonhos em realidade não é impossível. A história exemplar do jornalista Phelippe Daou é ilustrativa da capacidade de superação e realização do ser humano.

Faz parte da linhagem de homens que trabalhando muito, foram fortes para vencer o desconhecido, superar os próprios limites e construir uma história vitoriosa e edificante. Por força de sua liderança na área de comunicação, tornou-se um dos empreendedores mais respeitados na Amazônia, gozando de reconhecimento e admiração.

Como empreendedor soube vencer os desafios e construir não só um patrimônio, mas uma reputação que lhe rendeu homenagens e admiração fruto de seu trabalho e de suas realizações em defesa da Amazônia.

O jornalista e empresário Phelippe Daou nasceu em Manaus, no dia 15 de dezembro de 1928. Filho do comerciante José Nagib Daou e da Sra. Nazira Chamma Daou. Fez seus primeiros estudos na Escola Progresso de Manaus, dirigida pela professora Julita Barjona. Em seguida, ingressou no Colégio Estadual do Amazonas, onde concluiu o secundário e científico.

Prestou vestibular para a Faculdade de Direito do Amazonas, onde bacharelou-se. Muito cedo ainda, iniciou no jornalismo, como repórter do Jornal do Comércio, mas a ascensão na carreira começaria um ano depois, com sua transferência para a empresa Archer Pinto, proprietária, na época, de O Jornal e Diário da Tarde, onde exerceu diversas funções redacionais. Atuou ainda como redator da Rádio Rio Mar.

O início de uma nova caminhada

Ainda trabalhando no O Jornal e Diário da Tarde, o jornalista Phelippe Daou, documentava a cidade de Manaus que vivia o mundo do jornal impresso e do rádio, enquanto o resto do Brasil já experimentava o contato com novas mídias, por exemplo, a televisão. Mas, isto não foi uma limitação, foi sim, uma vantagem e o aumento do desejo de trazer este importante segmento para a Amazônia. Esse foi o ponto de partida para uma gloriosa caminhada com a criação das empresas, Amazonas Publicidade Ltda., e Distribuidora de Jornais e Revistas do Amazonas, toda essa criação foi abençoada pelo simbolismo da religião do Sagrado Lenho da Cruz. Há, digamos assim, a partir daí, um prenúncio, uma promessa, um compromisso e até um pacto de contribuir no desenvolvimento da Amazônia.

Defensor da Amazônia, naquela empresa, Phelippe Daou liderou campanhas memoráveis, destacando-se entre outras: “A Constituição da Siderama” e da “Companhia de Eletricidade de Manaus” (hoje Manaus Energia); a implantação da “Universidade do Amazonas”; o “Aeroporto Eduardo Gomes” e as “Rodovias AM 10” (Manaus–Itacoatiara) e “BR 329” (Manaus–Porto Velho). Teve participação importante no levantamento de subsídios para a redação final do texto proposto ao Dr. Arthur Amorim, visando à implantação da Zona Franca de Manaus, tarefa que executou com êxito, como membro da comissão especial da ACA – Associação Comercial do Amazonas.

Como advogado, militou no Fórum de Manaus e foi membro do Conselho da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), seção Amazonas. Ingressou por concurso nos quadros do IAPB (hoje integrado ao INSS), como Procurador, atuando nas Delegacias de Manaus e São Paulo, tendo sido Delegado nesta última. Voltou para Manaus, como Presidente da junta de recursos da Previdência Social. Marcou sua passagem com importantes contribuições, como o primeiro representante das classes empresariais do Amazonas no Conselho de Administração da Suframa.

Em 1968, junto com Milton Cordeiro e Joaquim Margarido, fundou a Amazonas Publicidade. Foi o embrião empreendedor que deu origem à Amazonas Distribuidora Ltda e Rádio TV do Amazonas S.A., que abrange, entre outras emissoras, a Rede Amazônica de Televisão.

Empresário bem sucedido no ramo das Comunicações, Phelippe Daou destacou-se, sempre, como um ferrenho defensor da Zona Franca de Manaus. Foi membro do Conselho Deliberativo dessa instituição que por consenso representava toda a classe empresarial – a Associação Amazonense de Imprensa e a Associação Comercial do Amazonas.

Dedicado ao jornalismo, foi correspondente em Manaus da Folha da Manhã (hoje Folha de São Paulo), Revistas Visão, Manchete e United Press International.

São dezenas as condecorações recebidas de entidades e instituições públicas e privadas, que revelam e reafirmam o compromisso permanente e inarredável com os interesses da Amazônia e de sua gente. A defesa e a preservação da Amazônia foram sua maior bandeira e razão da vida do cidadão Phelippe Daou, que procurou ocupar os espaços vazios da nossa região, levando através da Rede Amazônica e do Amazon Sat os anseios do homem, defendendo em todos os aspectos, o que temos e o que somos no contexto nacional.

Sua marca principal foi sedimentada através do trabalho. Provou, aos menos entusiastas que a Amazônia, é capaz de conquistar suas aspirações, incorporando a preservação do meio ambiente como garantia de um futuro promissor.

A Defesa e Preservação da Amazônia são a sua Bandeir

O Amazonas e a Amazônia foram a razão da vida do cidadão Phelippe Daou, que procurou ocupar os espaços vazios da região, levando através da Rede Amazônica os anseios do homem e defendendo, em todos os aspectos o que temos e o que somos no contexto nacional.

Phelippe Daou, durante toda vida trabalhou incessantemente afirmando ao país que a Amazônia sempre foi um grande espaço importante no contexto nacional e internacional.

Phelippe Daou foi um aglutinador, conseguindo reunir pessoas em prol de uma boa causa, ao mesmo tempo em que procurou formar opiniões em torno da defesa intransigente de nossos direitos e interesses. Viúvo da senhora Magdalena Arce Daou, é pai de dois filhos Phelippe Daou Jr., e Cláudia Daou Paixão e Silva. Faleceu em São Paulo no dia 14 de dezembro de 2016, deixando um grande legado para aqueles que haverão de continuar o seu trabalho. Sua marca em defesa da Amazônia era “A Amazônia pertence aos amazônidas a serviço do país e do mundo”.

Através do decreto nº 37.646, de 21 de fevereiro de 2017 foi homenageado por decisão de sua excelência o sr. Governador José Melo de Oliveira emprestando seu nome a ponte sobre o Rio Negro que interliga os Municípios de Manaus e Iranduba passando a chamar-se Ponte “Jornalista Phelippe Daou.

Por propositura do Deputado Sabbá Reis e da Deputada Alessandra Campelo, aprovado por unanimidade, foi criada a Medalha Phelippe Daou, pela Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas e sancionada pelo Presidente da Instituição David Almeida, no dia 18 de outubro de 2017.

Condecorações Recebidas:

Sócio honorário da Sociedade Beneficente Portuguesa do Amazonas;
Medalha Amigo do BIS – Comando Militar da Amazônia;
Medalha comemorativa ao 50º aniversário de instalação da Justiça do Trabalho no Amazonas;
Medalha comemorativa do Sesquicentenário da Polícia Militar;
Medalha do Mérito Empresarial – Associação Empresarial do Amazonas;
Medalha Tiradentes – Polícia Militar do Estado do Amazonas;
Medalha Paulo Sarmento – Escola Técnica do Amazonas;
Medalha Amigo do CMA – (Comando Militar da Amazônia);
Medalha Amigo da Marinha – SOAMAR/AM;
Medalha do Mérito Marechal Rondon;
Medalha comemorativa ao 30º Aniversário de Fundação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Comunicação e Publicidade;
Medalha do Mérito Tamandaré – Ministério da Marinha;
Medalha do Mérito Empresarial Maximino de Miranda Corrêa – Secretaria da Industrial e Comercio – Junta Comercial do Amazonas;
Medalha do Mérito Educacional – Conselho Estadual de Educação;
Medalha do Mérito da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão;
Medalha Cruz de Serviços Prestados – Governo do Estado do Amazonas;
Medalha Apolinário Moreira – Augusta e Respeitável Benemérita Loja Simbólica “Duque de Caxias”;
Diploma de honra ao Mérito do Instituto Brasileiro de Antropologia da Amazônia – por relevantes serviços prestados à Cultura Nacional;
Diploma de Honra ao Mérito por serviços prestados – Câmara Municipal de Macapá;
Diploma de Honra ao Mérito da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) por relevantes serviços prestados em favor da Zona Franca de Manaus;
Sócio Benemérito do Aeroclube do Amazonas;
Líder Empresarial do Amazonas – Fórum de Líderes Gazeta Mercantil;
Cidadão Riobranquense – Câmara Municipal de Rio Branco/AC;
Cidadão do Estado de Rondônia – Assembléia Legislativa do Estado de Rondônia;
Cidadão Honorário de Porto Velho – Câmara Municipal de Porto Velho;
Chanceler da Ordem da Estrela do Acre – Estado do Acre;
Presidente da República do Brasil – Outorga no Grau de Mestre, da Ordem do Rio Branco no Grau de Oficial;
Grau de Oficial da Ordem do Congresso Nacional – Conselho da Ordem do Conselho Nacional;
Industrial do Ano de 1996 – Federação das Indústrias do Estado do Amazonas;
Vulto Estadual 2001 – Título concedido pelo Governo do Estado do Amazonas, em 1º de setembro de 2001;
Mérito Empresarial – J.G. Araújo, da Associação Comercial do Amazonas;
Medalha Viver Ufam;
Medalha Amigo do 2° Grupamento de Engenharia e Construção;
Medalha do Mérito do Congresso Nacional;
Medalha do Mérito do Conselho dos Diretores das Escolas Agrícolas Federais;
Medalha do Mérito Empresarial do Estado do Amazonas – SEBRAE;
Medalha de Ordem da Estrela do Acre, no Grau Grão-Cruz;
Ordem do Mérito Militar no Grau de Comendador;
Medalha de Ouro da Cidade de Manaus;
Medalha de Ordem do Mérito Aeronáutico, no Grau de Cavaleiro;
Comenda do Mérito Santos Dumont;
Medalha do Mérito Comercial do Amazonas;
Sócio Efetivo da Academia de Letras Ciências e Artes do Amazonas – ALCEAR;
Medalha do Mérito Militar da Amazônia;
Medalha Comemorativa de 25 anos Comando Militar da Amazônia;
Medalha do Mérito Municipal Santana;
Comenda da Ordem do Mérito Luso-Brasileiro Comendador Emílio Vaz de Oliveira;
Medalha do Jubileu de Ouro da Federação do Comércio do Estado do Amazonas;
Medalha de Honra ao Mérito – ACISA;
Boton do Ministério da Aeronáutica, no Grau de Comando;
Medalha do Mérito Comercial Acre – FECEA;
Medalha do Mérito da Radiodifusão do Amazonas – ABERT;
Medalha Senador Bernardo Cabral – ADEPOL – AM;
Medalha de Sócio – Honorário da ALCEA;
Medalha Grandes Amazônidas;
Medalha do Mérito Educacional e Tecnológico Nilo Peçanha;
Medalha do Conhecimento;
Medalha INPA – Orgulho da Amazônia;
Medalha Colar do Mérito de Contas;
Medalha of Rotary Internacional – Paul Harris Fellow;
Medalha do Mérito Cultural Péricles Moraes – Academia Amazonense de Letras;
Medalha Ordem do Mérito do Atletismo Sul Americano;
Medalha Ordem do Mérito Judiciário Militar;
Comenda Ordem do Mérito Comercial do Amazonas;
Medalha Júlio Redecker – Prêmio de Desenvolvimento 2013 – Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia;
Diploma The Rotary Foundation;
Medalha Mérito Lojista – CDLM;
Comenda: Ordem do Mérito Comercial de Roraima, no grau de Gran-Cruz;
Comenda: Ordem do Mérito Comercial do Estado de Rondônia no Grau Comendador;
Comenda: Ordem do Mérito Comercial do Estado de Rondônia no grau Gran-Cruz;
Medalha do Mérito Comercial do Estado do Acre, no Grau de Gran-Cruz;
Medalha do Mérito Empresarial SEBRAE-Am;
Medalha do Mérito Imaculada Conceição;
Colar do Mérito Judiciário do Tribunal de Justiça do Est. Do Amapá;
Diploma de Honra ao Mérito pela Passagem dos 144 anos da Associação Comercial do Amazonas;
Medalha do Mérito Eleitoral do Amazonas – Tribunal Eleitoral;
Medalha do Exército Brasileiro Braço Forte Mão Amiga – Brasília – Distrito Federal;
Medalha do Mérito das Comunicações Brasileiras;
Troféu e Diploma “Amantes da Amazônia” da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas;
Medalha Exército Brasileiro por relevantes serviços prestados In Memoriam;
Comenda do Mérito Militar no Grau de Grande Oficial Civil In Memoriam;
Comenda Jorge Teixeira de Oliveira do Grande Loja Maçônica do Estado de Rondônia In Memoriam;
Placa e Diploma em Comemoração aos Setenta e Seis Anos do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia. Honra ao Mérito In Memoriam;
Diploma e Medalha Comemorativa dos Cento e Oitenta Anos da Polícia Militar do Estado do Amazonas – In Memoriam;
Placa de Gratidão da Fundação Borba – In Memoriam;
Ordem do Mérito Militar no Grau de Grande Oficial – In Memoriam;
Comenda da Ordem do Mérito Comercial – In Memoriam;
Diploma da Academia de Ciências e Letras Jurídicas do Amazonas – In Memoriam;
Título de Cidadão Amapaense – In Memoriam;
Diploma da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas com significativa homenagem a Phelippe Daou – In Memoriam;
Medalha do Mérito Judiciário do Estado do Amazonas, no grau de Grande Mérito – In Memoriam;
Medalha do Mérito Judiciário do Estado do Amazonas no Grau de Membro Efetivo da Ordem no Grau de Grande Mérito por Relevantes Serviços Prestados à Justiça no Amazonas (In Memoriam);
Medalha do Centenário da Augusta Cruz da Perfeição União e Perseverança n° 947, Porto Velho – Rondônia;
Praemium Intenationalli Amílcar de Azevedo, categoria – In Memoriam;
Acadêmico Honorário da Academia Amazonense de Engenharia Civil – In Memoriam;
Medalha Dr. João Valério de Oliveira – Honra ao Mérito Cultural – Câmara Municipal de Itacoatiara – In Memoriam.

Milton Cordeiro. Foto: Reprodução/Acervo Rede Amazônica

Milton Cordeiro, jornalismo no Amazonas

A chuva caia monótona sob a tarde morna do município de Itacoatiara, cujas gotas deslizavam sobre o velho telhado da residência da família Cordeiro. Haveria de nascer amparado por muito amor o menino que mais tarde se consagraria em um dos maiores jornalistas de todos os tempos. Amazonense de Itacoatiara nascido aos quatro dias do mês de dezembro de 1931. Filho de Raymundo Nonato de Magalhães Cordeiro e da senhora Ângela Saboya de Magalhães Cordeiro.

Fez os primeiros contatos com as letras do curso primário no Colégio São Geraldo dirigido à época pela professora Diana Pinheiro, educadora famosa de grandes cabeças no Amazonas e os dois anos seguintes no Colégio Progresso da professora Júlia Barjona, cuja supervisão era da professora Neuza Lemos. Aluno dedicado à leitura e aos estudos, logo prestou exame de admissão ao Ginásio Amazonense Pedro II (hoje Colégio Estadual do Amazonas), fazendo quatro anos de estudos de ginásio e três anos do clássico, dedicado e líder estudantil, logo foi escolhido para representar a turma como orador.

O tempo passa e o jovem Milton de Magalhães Cordeiro presta exame de seleção para ingressar na Faculdade de Direito do Amazonas bacharelando-se na turma de 1963. A arte de escrever foi sendo construída nos matutinos da cidade de Manaus, em companhia do também jornalista Phelippe Daou. Exerceu neste período com muita dignidade e independência o jornalismo impresso e televisivo, na sua trajetória como repórter nos jornais A Gazeta, O Jornal e Diário da Tarde, hoje fora de circulação. 

Nesses dois últimos que pertenceram à Empresa Archer Pinto foi posteriormente redator, redator – secretário do Diário da Tarde e Superintendente Executivo. Leiloeiro Judicial e Depositário Público do Amazonas entre os anos 1951 e 1956. Secretário Executivo da Superintendência da Zona Franca de Manaus em 1960 (Administração José Ribeiro Soares); Delegado de Manaus em 1960; Delegado de Ordem Política e Social na Administração do Governador Arthur Cezar Ferreira Reis em 1965; algumas vezes respondendo pela Chefia de Polícia da Secretaria de Estado de Segurança Pública. Mais tarde demitindo-se para assumir a Secretaria Executiva da Cooperativa do Banco Popular de Manaus, exerceu também a função de Assistente Jurídico da Celetramazon em 1970.

Em 1968 os amigos Milton de Magalhães Cordeiro, Phelippe Daou e Joaquim Margarido haveriam de juntar forças e fundaram a Amazonas Publicidade Ltda, empresa que revolucionou na época em Manaus o conceito de propaganda com mensagens modernas e arte-final de bom gosto. Em 1980 a empresa foi desdobrada com a criação de um Departamento para a distribuição das revistas Bloch, Imprensa e Abril.

Em 1969, mais uma vez a convite dos amigos Phelippe Daou e Joaquim Margarido participa da criação da Rádio TV do Amazonas Ltda, empresa que acabara de concorrer e vencer a concorrência pública do Ministério das Comunicações para as concessões das Tvs Amazonas em Manaus, Amapá em Macapá, Acre em Rio Branco, Rondônia em Porto Velho e Roraima em Boa Vista, como também as Rádios Amazonas FM, Acre FM, Amapá FM e CBN Amazônia. 

No Grupo Rede Amazônica, Milton de Magalhães Cordeiro exerceu de forma primorosa a função de Vice Presidente de Jornalismo. Fez parte do quadro societário das empresas do Grupo Modalva, Estúdio Amazônico e Studio 5 Festival Mall. Foi fundador do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Amazonas, com a inscrição de número 21/59. No sindicato, na administração do jornalista Arlindo Porto, coordenou e secretariou a realização em Manaus da 5° Conferência Nacional de Jornalistas em 1961.

Foi fundador do Lions Club de Manaus – Centro, onde exerceu todas as funções de diretoria, inclusive de presidente. Em nível de Distrito, à época, foi presidente de Divisão, Vice Governador, Assessor de Leonismo e Diretor Geral da Convenção Distrital de 1969 em Manaus. Fundador do Lions Club de Boa Vista, em Roraima. 

No seu período de acadêmico na Faculdade de Direito fundou a União dos Estudantes Secundaristas do Amazonas – UESA, ao lado de Francisco Ferreira Batista, Hernando Marques, Vinícius Câmara, Annibal Teixeira de Souza, Almir Diniz de Carvalho, Agnelo Balbi e Delfim Manuel de Souza Filho, tendo presidido a Instituição por dois mandatos. Ainda como acadêmico fez parte do Diretório XI de Agosto como Secretário de Cultura.

Fundador do AMERT – Associação Amazonense de Emissoras de Rádio e Televisão, tendo presidido por três mandatos. Fundador do SINDERPAM – Sindicato das Empresas de Radiodifusão (TV e Rádio) do Amazonas, tendo presidido essa Instituição em três mandatos. Foi Diretor da Associação Comercial do Amazonas, da Federação e Centro do Comércio do Estado do Amazonas. Foi Membro Titular do Conselho Fiscal da ABERT – Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão.

Foi casado com a Senhora Maria Edy Cerejo Cordeiro, de cujo matrimônio nasceram os filhos Lúcia Helena, Cláudia Maria Themis e Milton Júnior.

Honrarias:


Medalha do Mérito JG Araújo da Associação Comercial do Amazonas;

Medalha do Mérito Comercial da Federação do comércio;
Medalha Luso-Brasileiro do Amazonas no Grau de Comendador Emídio Vaz d’Oliveira da Beneficente Portuguesa do Amazonas;
Medalha do Mérito Tamandaré;
Medalha do Mérito Pacificador Santos Dumont;
Medalha do Mérito da Radiodifusão.

Joaquim Margarido. Foto: Reprodução/Acervo Rede Amazônica

Joaquim Margarido, uma história de vida

Joaquim Margarido nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 10 de maio de 1932, teve como seus pais Alberto Margarido e Margarida Rosa, ambos portugueses. Cursou o primário no Colégio República da Colômbia (escola pública). Sua professora, sabendo que ele não poderia continuar os estudos por não poder pagar um colégio, orientou-o para que, juntamente com os outros dois alunos, fizessem uma carta ao então Presidente da República, Dr. Getúlio Dorneles Vargas. Com efeito, os três foram contemplados com uma bolsa no Colégio MABE, Moderna Associação Brasileira de Ensino, que ofereceu o curso ginasial e científico. Foi casado com dona Déa Ribeiro Margarido e pai de Carlos Alberto, Luiz e Linimar.

Dá inicio a sua vida profissional aos 13 anos de idade, quando já órfão de pai e, tendo a necessidade de contribuir com o sustento da família. Aos 15 anos, por concurso público, ingressou no IRB – Instituto de Resseguros do Brasil, na função de Office Boy, onde ficou até os 20 anos. Foi então trabalhar na firma Representações A.S. Lara Ltda., que representava jornais de todo Brasil, cujo objetivo era conseguir publicidade dos anunciantes nacionais. Seu interesse pela publicidade levou-o a cursar Escola de Propaganda que surgiu no Rio de Janeiro (sede das grandes agências de publicidade). Especializou-se na área de “media”, pois assim melhor poderia exercer a função de contato, em favor da empresa que trabalhava.

Mais tarde, passou a gerente da empresa e consequentemente sócio. Com o decorrer do tempo, o mercado publicitário foi deslocando-se em grande parte para São Paulo, onde estavam os grandes anunciantes, em especial as empresas estrangeiras. Transferiu-se então, para aquela cidade, onde centralizou a matriz, ficando o escritório do Rio como filial. Como já operava com a empresa Archer Pinto de Manaus, nessa época, construiu um vínculo de amizade com os jornalistas: Phelippe Daou e Milton Cordeiro.

O advento da Zona Franca de Manaus, que abria perspectivas animadoras, suscitou o interesse em se criar a primeira agência de publicidade na cidade de Manaus, a fim de tratar a propaganda local com profissionalismo das grandes cidades. A ideia rapidamente tomou forma, com a fundação da Amazonas Publicidade Ltda., sob a responsabilidade dos três amigos. Como não havia qualquer estrutura local, montaram uma equipe em São Paulo. Face ao conhecimento que tinha, não foi difícil para o Joaquim Margarido convidar para fazer parte do grupo três destacados profissionais, sendo um de cada
especialidade. Surgiram então, as primeiras campanhas e formação dos primeiros publicitários na cidade de Manaus.

Mais adiante, o então sócio e amigo Phelippe Daou propôs a participação na concorrência para concessão de um canal de TV. Tendo conseguido e necessitando viabilizar o investimento, iniciou-se um novo aprendizado e providências. Inaugurada a emissora, necessitavam de programação. Essa parte coube em grande parte ao Joaquim Margarido que, por estar em São Paulo, poderia melhor executá-la. Eram negociações de filmes com as diversas distribuidoras americanas, bem como programas e shows das demais emissoras de TV do Rio de Janeiro e São Paulo.

Manaus evoluía e formava seus próprios profissionais. Surgiram novos recursos dando maior autonomia para a Agência de Publicidade como também para a TV. Diminuía a carga de trabalho em São Paulo e aumentava em Manaus. Diversas vezes Joaquim Margarido teve que desloca-se para Manaus por longa temporada para colaborar com os companheiros. Isto resultou na sua vinda com toda família, em 1975, para passar um período de dois anos, que se estenderam até os dias de hoje.
Os negócios evoluíram. A Amazonas Publicidade passou a ser Amazonas Publicidade Distribuidora Ltda., com filial em Porto Velho, que distribui as revistas da DINAP (Empresa Grupo Abril, responsável por 70% do mercado de revistas). A TV Amazonas, transformou-se em uma grande rede para atender toda a Amazônia Ocidental e o Amapá. Foram criadas outras empresas ligadas ao mesmo grupo como Studio 5 (hoje um complexo de entretenimento e negócios), a Alva da Amazônia Ind. Química Ltda. (Fábrica de produtos de limpeza) e a Fundação Rede Amazônica. Isto exigiu uma melhor distribuição de frentes de trabalho entre os sócios, cabendo a Joaquim Margarido, a administração das Empresas Amazonas Publicidade Distribuidora e Alva da Amazônia Ind. Química Ltda.

Dessa forma Joaquim Margarido dedicou tempo, vida e trabalho as empresas do grupo até os últimos dias de sua vida. Faleceu no dia 5 de outubro de 2016.

Honrarias:

Medalha do Mérito Empresarial J. G. Araújo;
Medalha do Mérito Empresarial SEBRAE – AM;
Medalha Amigo da Marinha;
Diploma de Amigo do 2º Grupamento de Engenharia e Construção;
Diploma de Amigo do Hospital Militar Geral de Manaus.

Sobre o autor

Abrahim Baze é jornalista, graduado em História, especialista em ensino à distância pelo Centro Universitário UniSEB Interativo COC em Ribeirão Preto (SP). Cursou Atualização em Introdução à Museologia e Museugrafia pela Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas e recebeu o título de Notório Saber em História, conferido pelo Centro Universitário de Ensino Superior do Amazonas (CIESA). É âncora dos programas Literatura em Foco e Documentos da Amazônia, no canal Amazon Sat, e colunista na CBN Amazônia. É menbro da Academia Amazonense de Letras e do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA), com 40 livros publicados, sendo três na Europa.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista 

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Natural da cidade de Ponta de Pedras, na Ilha do Marajó, ele era conhecido como o roqueiro mais antigo do Brasil.

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