Suspeita de contaminação no Rio Javari faz MP abrir investigação no AM

Em Benjamin Constant, no extremo oeste do Amazonas, a população vive dias de preocupação. A água do Rio Javari, que abastece o município, pode estar contaminada. O alerta surgiu após um aumento expressivo nos casos de doenças gastrointestinais e denúncias de descarte irregular de lixo na cidade peruana de Islândia, que fica bem na fronteira com o Brasil. O Ministério Público disse, que está investigando a situação.

A suspeita, segundo o órgão, é grave: resíduos despejados do lado peruano estariam poluindo o rio e comprometendo diretamente a saúde dos moradores de Benjamin Constant — especialmente durante a cheia, quando o contato com o rio é mais intenso.

Para entender o que está acontecendo e cobrar providências, o MP já começou a ouvir autoridades e reunir informações. A Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama) foi acionada para informar se a captação de água foi comprometida. A Secretaria Municipal de Saúde também precisará explicar o aumento de casos de diarreia e outras doenças relacionadas à água.

Pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que já estudaram a contaminação do Javari, foram procurados para colaborar com a investigação. O MPAM também entrou em contato com a Procuradoria da República em Tabatinga, buscando saber se há alguma ação contra o despejo de lixo em Islândia.

Enquanto isso, a Defesa Civil foi acionada para relatar as medidas emergenciais que estão sendo adotadas para proteger a população.

Temporada do Amazônia Que Eu Quero debate gestão de resíduos

Neste ano de 2025, o projeto Amazônia Que Eu Quero estreou um novo tema: “Amazônia Integrada – Crescimento Sustentável e Consciência Fiscal”. A proposta desta temporada é discutir oportunidades para a região, com foco em temas como gestão de resíduos, reforma tributária e incentivos fiscais.

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