A reportagem especial mostra um flutuante e um projeto de construções ecológicas em Manaus.
A Fundação Rede Amazônica lançou nesta quinta-feira (14) mais um episódio do quadro “Consciência Limpa” que abordou o tema “Casas Ecológicas”. A matéria mostra as vantagens dessas construções para o cuidado e desenvolvimento do meio ambiente.
Segundo a Green Building Council, o Brasil está em 5o lugar no ranking dos países com maior número de construções sustentáveis no mundo. Ao todo são 200 projetos.
O arquiteto Izaú Vilhena, disse que mesmo entre os países com grande número de casas ecológicas, no Brasil a quantidade de construções que não seguem o padrão sustentável é muito maior. Um dos motivos é a falta de informação por parte dos profissionais. “Aqui em Manaus, por exemplo, os profissionais não usam tijolos ecológicos, ou o sistema de reuso de água, pois pensam que é mais caro. Mas sabemos que já existem várias formas de construir uma casa, um prédio mais sustentável. O uso de tintas é um exemplo muito comum. Hoje você pode ir em uma loja e comprar uma tinta totalmente sustentável”, disse.
Izaú também falou que para quem busca transformar uma construção comum em sustentável, o primeiro passo é a mudança de hábito, em seguida a estrutura. “O primeiro passo é o reuso da água. Exemplo: água da máquina de lavar que pode ser usada para lavar a calçada, a garagem. Na estrutura, a troca de lâmpadas. O uso da lâmpada de led é muito importante pois não possui elementos tóxicos na sua composição, ao contrário das lâmpadas incandescentes, que possuem tungstênio, o que deixa resíduos prejudiciais ao meio ambiente quando descartadas de maneira irregular em rios e aterros”, afirmou.
Pesquisas mostram que cerca de 27 toneladas de lixo são retiradas do rio negro todos os dias, pensando nisso, o empresário Jadson Maciel criou o primeiro flutuante ecológico do lago do tarumã. “A gente viu a necessidade mesmo. Aqui temos um espaço que tem apoio de energia solar, reutilização de água e também a separação dos resíduos que são destinados da maneira correta e que completam o ciclo da reciclagem. No salão do flutuante, temos duas pessoas que fazem a retirada de materiais reciclados como garrafas, copos e destinam para o lugar correto evitando que esses materiais sejam jogados nos rios, por exemplo”, disse ele.
A reportagem também mostra uma casa ecológica criada por três professores de uma unidade de ensino em Manaus em 2014 com o uso de garrafas pet embutidas em tijolos e estilhaços de vidro no piso. “A ideia surgiu a partir de um trabalho de conclusão de curso. Primeiro nasceu o tijolo com garrafas pet embutidas e depois criamos o espaço que hoje funciona como laboratório para os alunos. O piso tem a resistência de um solo de indústria pois contém estilhaços de vidro. Agora você imagina, temos aqui mais de 400 garrafas que foram retiradas dos lagos de Manaus e auxiliam na construção da casa e também ajudam a manter o ambiente com uma temperatura mais agradável. Já os estilhaços de vidro que também poderiam estar jogados em qualquer lugar contribuindo para a degradação do meio ambiente agora são de serventia para o piso”, afirmou o professor de física, Newton Lima.
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