O projeto “Ecoarte – Orelhões Ecológicos” foi destaque na primeira reportagem do quadro Amazônia Que Eu Quero, exibido no Jornal do Amapá – 2ª Edição, nesta terça-feira (10). A matéria ressaltou a criatividade e o impacto da iniciativa, que dá uma nova finalidade às antigas cúpulas telefônicas, antes muito utilizadas pela população, mas abandonadas com o avanço da tecnologia.
Agora, os tradicionais “orelhões” retornam às praças públicas transformados em lixeiras coletivas, unindo arte, sustentabilidade e reaproveitamento urbano.
A iniciativa é da Secretaria Municipal de Zeladoria Urbana (Semzur), que busca diminuir o descarte incorreto de lixo em Macapá em parceria com o grupo Oi S.A e artistas locais que retratam nos aparelhos a identidade amazônica.
A ação busca revitalizar todos os orelhões que ainda estão na via pública da cidade e os que estão no galpão da empresa que o produzia, totalizando mais de 500 unidades.

O Secretário de Zeladoria Urbana, Helson Freitas, disse que a ação contribui significativamente para o meio-ambiente. Já que, aparelhos com o este levam centenas de ano para se decompor na natureza.
“Reciclagem é quando você transforma aquela matéria-prima em um outro produto. O mundo já tá discutindo o meio-ambiente, a preservação, de conservação […] você não pode ficar só no discurso, tem que praticar, você pode dar um outro destino e dar um novo uso, para novamente ser utilizado pela sociedade durante décadas”, disse o secretário.
Cerca de 40 unidades já estão prontas e começaram a ser instaladas nas praças públicas de Macapá. Outro fator, é que com a reutilização de aparelhos revitalizados, há uma economia na utilização e recursos.
“Além disso é uma economia pro município que, transformando isso em lixeiras públicas, evita que a gente adquira novas, impacta diretamente no nosso orçamento”, completou Freitas.
Temporada do ‘Amazônia Que Eu Quero’ debate a gestão de resíduos
Neste ano de 2025, o projeto Amazônia Que Eu Quero estreou um novo tema: “Amazônia Integrada – Crescimento Sustentável e Consciência Fiscal”. A proposta da edição é discutir oportunidades para a região, com foco em temas como gestão de resíduos, reforma tributária e incentivos fiscais.

Ao longo do ano, as cidades de Boa Vista (RR) e Manaus (AM) já receberam os painéis temáticos que debatem a gestão de resíduos. Outros estados da região, como Acre, Amapá, Pará e Rondônia, também devem sediar eventos sobre o tema nos próximos meses.
Sobre o Amazônia Que Eu Quero’
Concebido em 2019, o Programa ‘Amazônia Que eu Quero’ é uma iniciativa da Fundação Rede Amazônica e Grupo Rede Amazônica que tem por objetivo promover a educação política por meio da interação entre os principais agentes e setores da sociedade, além do levantamento de informações junto aos gestores públicos e da participação ativa da população, por meio de câmaras temáticas estabelecidas pelo programa.
Sobre a Fundação Rede Amazônica
A Fundação Rede Amazônica, é o braço institucional do Grupo Rede Amazônica, atua há 40 anos com os objetivos de capacitar pessoas, articular parcerias, desenvolver projetos e programas que contribuem para a proteção e desenvolvimento da Amazônia.
*Com informações de Isadora Pereira, do g1 Amapá, e Arilson Freires, da Rede Amazônica Amapá.