‘Meetup Acelera’ aborda Pescado Manejo e Psicultura em momento crítico para a cadeia por conta de eventos climáticos extremos

Encontro prevê a participação de startups e organizações, como o Instituto Mamirauá, que compartilharão experiências e desafios atuais

Manaus (AM)- Diante do cenário de seca que assola a Amazônia, como trabalhar a Piscicultura e o Pescado de Manejo enquanto cadeias de valor sustentável para a região, levando em consideração os novos desafios climáticos que se apresentam? Este é um dos temas que serão abordados no terceiro encontro do ‘Meetup Acelera – edição Bioeconomia’ que acontece no próximo dia 19.10, reunindo representantes de startups, organizações comunitárias, instituições de pesquisa e fomento à inovação, além de empreendedores para promover uma imersão e debate de soluções voltadas à bioeconomia a partir desses territórios.

Para debater o tema principal, “Unidades de Conservação como ambiente de inovação”, participam como convidados Laurindo Rodrigues, pesquisador da Embrapa Meio-Norte, e Dione Torquato, secretário-geral do Conselho nacional das Populações Extrativistas (CNS).

Atuando desde 2008 como pesquisador na Empresa Brasileira Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Laurindo Rodrigues tem experiência em aquicultura, atuando com nutrição e reprodução de peixes e camarões; cultivo de peixes ornamentais; manejo viveiros para aquicultura; análise de viabilidade técnica e econômica; sistemas de produção aquícola e sustentabilidade na aquicultura.

Já Dione Torquato traz a experiência de ativista socioambiental à frente do CNS, articulando, propondo e reivindicando políticas que garantam a sustentabilidade das populações extrativistas. Residindo atualmente em Brasília, é bacharelando em Direito pela faculdade Anhanguera. 

 O mecanismo de desenvolvimento do manejo participativo para a conservação da fauna e flora locais é a experiência que o Instituto Mamirauá apresenta no segundo momento do Meetup, dedicado à atuação de startups e instituições com as cadeias de valor. A experiência vivenciada há uma semana com a morte de botos por conta do aquecimento da água, no âmbito de pesquisa, traz à mesa a discussão sobre a influência de eventos extremos na fauna local e, consequentemente, em ambientes voltados ao manejo.

A mensuração de dados da produção de peixe aliado aos dados do comportamento e qualidade da água estão entre as inovações empreendidas por startups com atuação na Amazônia. Exemplo disso é a Gigasus, que desenvolveu sistema automatizado para a gestão de ração e qualidade da água usada na piscicultura e participa do momento dedicado às cadeias produtivas. Outra startup convidada é a Yara Couro, que desenvolveu uma tecnologia para transformar o resíduo da pele do peixe em couro.

Segundo dados da Associação Brasileira de Piscicultura, a cadeia da produção de peixes cultivados no Brasil atingiu 860.355 toneladas em 2022, com receita de cerca de R$ 9 bilhões. A piscicultura gera, atualmente, cerca de três milhões de empregos diretos e indiretos. Os peixes nativos, liderados pelo tambaqui, participam com 31% e outras espécies com 5%.

O encontro mensal do ecossistema de inovação da Amazônia é promovido pelo Idesam em parceria com a Fundação Rede Amazônica e Impact Hub Manaus. A participação é aberta a todos que tenham ideias de novos negócios pautados na sustentabilidade das cadeias de valor ou já estejam atuando no mercado. O ambiente é propício para novas parcerias e investimentos. Para participar, é preciso fazer a inscrição gratuita por meio de formulário online e informar a modalidade presencial ou online.

Os eventos acontecem no Impact Hub Manaus, com transmissão feita pelo G1 Amazonas, pelo Youtube da Rede Amazônica (@canalfram) e pela plataforma da Fundação Rede Amazônica (https://fram.org.br/

Novos negócios

Entre os novos negócios que terão oportunidade de se apresentar durante o evento, estão a Bactolac, empresa de biotecnologia focada no isolamento e prospecção de microrganismos (bactérias) com potencial probiótico de melhora no cultivo de peixes; o Lab AQUA, Laboratório de Organismos Aquáticos, que realiza pesquisas relacionadas à fauna bêntica e a fauna de peixes de ambientes tropicais; e a Peixe Brabo, 1ª startup de Presidente Figueiredo (AM), formada por alunos do curso de Engenharia de Aquicultura que desenvolveram uma plataforma de base de dados dos piscicultores para o gerenciamento da produção e conexão dos produtores com órgãos públicos e mercado consumidor. 

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