Evento promovido pelo Amazônia Que Eu Quero discute soluções energéticas e bioenergia em Roraima

Um evento promovido pelo projeto “Amazônia Que Eu Quero”, da Fundação Rede Amazônica, reuniu painelistas de diferentes áreas para discutir soluções energéticas e formas de produção de bioenergia em Roraima nesta quinta-feira (25) no auditório do Sebrae. O painel, intitulado “Produção de bioenergia em Roraima: exemplos do presente e desafios para o futuro”. O evento foi transmitido ao vivo pelo g1.

O debate foi mediado pela jornalista coordenadora do Amazônia Que Eu Quero, Débora Holanda. De acordo com ela a discussão é necessária para pensar em maneiras renováveis de produzir energia no único estado do Brasil que não é ligado ao Sistema Nacional de Energia (SNE).

“A gente teve esse cuidado de fazer um mix, trazendo representantes do governo, de instituições públicas, o pessoal do Fórum de Energias Renováveis, que é um colegiado que já vem fazendo um trabalho coletivo, heterogêneo, com pessoas de diversas áreas. Foi uma discussão de muito alto nível, sempre trazendo a perspectiva da melhoria, da qualidade de vida dos povos, entendendo a questão da economia, especialmente, da matriz econômica, da biodiversidade focada na bioenergia”, disse a coordenadora.

De acordo com o secretário Extraordinário de Atração de investimentos do Governo de Roraima, Aluízio Nascimento as apostas de bioenergia para o estado são a energia solar e a biomassa, que já estão sendo amplamente produzidas em Roraima.

“Nós queremos todos os amazonidas com oportunidades de trabalhar, de gerar riqueza, que todo mundo tem esse direito. Então eu acredito que isso vai ser muito importante, porque nós vamos efetivamente demonstrar esse potencial e largar só de falar potencial e colocar pra funcionar. Então eu acho que é fundamental, ainda mais tendo a chancela da Rede Amazônica”, disse o secretário ao g1.

Para o CEO da OXE Energia, Carlos Konopatski, a produção de bioenergia tem impacto significativo na comunidade local. Carlos ressalta a importância de ser um projeto completamente renovável tornando-se uma fonte crucial de energia para os consumidores de regiões em Roraima.

“A OXE Energia é um projeto 100% renovável. Poderia ser mantido esse ciclo de plantio, coleta, picagem, geração de energia ad eternum. Então, uma das poucas fontes genuinamente renováveis aqui em Roraima. Esse ciclo sustentável é essencial para enfrentar os desafios ambientais e econômicos, especialmente em um sistema isolado como daqui do estado”.

O deputado Marcos Jorge enfatizou a importância da interligação de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e da diversificação das formas de geração de energia. Também falou sobre a geração de emprego produzidos durante a extração de bioenergias.

“Estamos falando de mais de 2.300 empregos formais entre geração, distribuição, cultivo do dendê, e também para o conforto de todo cidadão e para a confiança das empresas que querem investir em Roraima”, destacou.

O diretor executivo da Rede Amazônica em Roraima, Joel Cristian Gomes, reafirmou o compromisso do grupo de comunicação em ajudar a encontrar soluções que ajudem no desenvolvimento da Amazônia.

“O ‘Amazônia Que Eu Quero’ que é uma plataforma que tem trazido uma série de benefícios para as sociedades onde a Rede Amazônica atua e a fundação agora, trazendo esse tema para a Roraima, da bioenergia, é uma oportunidade da gente discutir um assunto que é muito importante para nós no estado trazendo especialistas e pessoas interessadas no assunto”.

A bionergia é a energia produzida a partir de material orgânico de origem vegetal e animal, e é vista como uma alternativa promissora , oferecendo não apenas uma solução para a demanda energética, mas também a oportunidade de reduzir as pegadas de carbono e impulsionar o desenvolvimento sustentável.

Sobre o Amazônia Que Eu Quero:

Concebido em 2018, o programa Amazônia Que eu Quero é uma iniciativa da Fundação Rede Amazônica e Grupo Rede Amazônica que tem por objetivo promover a educação política por meio da interação entre os principais agentes e setores da sociedade, além do levantamento de informações junto aos gestores públicos e da participação ativa da população, por meio de câmaras temáticas estabelecidas pelo programa, como foi o caso da edição de 2023 que discutiu três eixos centrais Educação, Turismo e Conectividade no contexto Amazônico.

*Com informações de Caíque Rodrigues, g1 Roraima.

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