A Fundação Rede Amazônica exibiu, no último mês, curtas-metragens produzidos por estudantes da Escola Estadual Zilda Arns Neumann, localizada no bairro Nova Cidade, na Zona Norte de Manaus. Os vídeos foram desenvolvidos durante a terceira e última fase do projeto “Pipoca em Cena”, que incentiva a produção audiovisual entre jovens da rede pública de ensino.
Confira abaixo os curtas produzidos pelos alunos
“O recomeço” — O filme narra a história de uma pequena aldeia, onde um casal discute a visão que um dos guerreiros teve sobre um futuro marcado pela poluição e destruição ambiental. O indígena tenta alertar seus companheiros sobre os perigos, mas é ignorado. Em sua jornada, ele encontra a Mãe Natureza, que demonstra estar abalada pelas mudanças e pela devastação causada pelo homem.
“Desperdício de água” — O curta apresenta um fala-povo realizado pelos próprios alunos da escola, que juntos alertam para os impactos do desperdício de água no meio ambiente e na comunidade. Por meio de depoimentos e mensagens diretas, o vídeo busca sensibilizar a população escolar e a comunidade em geral sobre a importância da conscientização e do uso responsável desse recurso essencial para a vida.
“Debaixo do mundo” — O filme mostra um dia na escola sob a perspectiva do cesto de lixo, um personagem crucial para a limpeza do ambiente. Ele percebe que está sendo ignorado pelos alunos, que fazem de tudo, menos descartar o lixo corretamente. Até que, em determinado momento, o cesto ganha a chance de “conversar” com os estudantes e conscientizá-los sobre a importância de cuidar do espaço escolar.
“A luta pelos direitos” — O filme retrata uma reunião entre pesquisadores que planejam criar áreas verdes no espaço escolar, incluindo a desapropriação de alguns terrenos. Durante o processo, eles se deparam com indígenas que alertam para a redução das áreas demarcadas por suas comunidades, resultando em uma reivindicação em defesa dos seus territórios.
“Reciclando o lixo” — O filme apresenta um alerta em formato de quadrinhos que destaca a importância da reciclagem. Por meio de uma linguagem visual acessível e envolvente, a produção busca conscientizar o público sobre a necessidade de separar e destinar corretamente os resíduos, contribuindo para a preservação do meio ambiente.
“O fim da água” — O filme retrata um dia na escola sem água, mostrando os desafios enfrentados por alunos e professores diante da falta do recurso. A produção faz um alerta contundente contra o desperdício, reforçando a importância da economia e do uso consciente da água no ambiente escolar.
“Descarte de lixo” — O filme apresenta um jornal escolar que tem como principal objetivo alertar a comunidade estudantil e toda a comunidade escolar sobre os problemas causados pelo descarte irregular de lixo nas dependências da escola. Por meio de reportagens, entrevistas e depoimentos, a produção mostra os impactos ambientais e sanitários dessa prática e incentiva a responsabilidade ambiental, promovendo o cuidado com o espaço escolar e o desenvolvimento de hábitos mais sustentáveis.
“O susto” — O filme mostra uma festa promovida pelos alunos na escola, durante a qual o lixo é descartado e deixado espalhado pelo local. Com o acúmulo dos resíduos, surge um monstro criado a partir do lixo, que assusta os estudantes e provoca uma reflexão sobre os impactos ambientais. A experiência leva os alunos a uma conscientização sobre a importância de cuidar do meio ambiente e manter a escola limpa.
“A última gota” — O filme retrata os impactos da poluição provocada pela ação humana e a consequente contaminação dos rios. Diante da escassez de água potável, um grupo de cientistas da escola se une em uma missão urgente: desenvolver a última gota de água limpa. A produção faz um alerta sobre a crise hídrica e reforça a importância da preservação dos recursos naturais para as futuras gerações.
“A memória de um século” — o curta faz parte de uma entrevista fictícia realizada em 1950, na qual um senhor faz um alerta sobre os perigos das mudanças climáticas. A narrativa avança no tempo até o ano de 2050, mostrando que todas as previsões se concretizaram: desastres ambientais, escassez de recursos e o impacto direto na vida humana. O filme propõe uma reflexão sobre o tempo, a responsabilidade coletiva e a urgência de agir antes que seja tarde demais.
Sobre o Pipoca em Cena
O projeto foi realizado em três escolas estaduais localizadas em diferentes zonas de Manaus. A iniciativa contou com recursos da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), patrocínio da WEG e apoio da Globo Filmes. Organizado pela Fundação Rede Amazônica, o projeto também contou com a parceria da Polícia Militar do Amazonas, da Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar e do Governo do Estado do Amazonas.
