No ano em que o Brasil vai sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém (PA), a gestão de resíduos sólidos ganha ainda mais destaque.
De acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2024, divulgado no fim do ano passado pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema), apenas 58,5% dos resíduos sólidos urbanos gerados em 2023 tiveram destinação ambientalmente adequada. Os outros 41,5% foram descartados de forma irregular, como em lixões, que receberam 35,5% de todo o lixo produzido no país.
Em Manaus, parte desse descarte inadequado vai parar nos igarapés e no Rio Negro. Para conter o avanço da poluição, a prefeitura tem instalado ecobarreiras — estruturas flutuantes que impedem a passagem de resíduos — e já conseguiu reduzir em mais de 50% o volume de lixo retirado do rio.
Segundo a administração municipal, a capital produz mais de 2,3 mil toneladas de resíduos por dia, o equivalente a 575 caminhões de caçamba cheios. Sacolas plásticas, embalagens e garrafas PET estão entre os principais itens encontrados.
“Quando iniciamos a nossa gestão, eram de 600 a 700 toneladas de lixo por mês retiradas do Rio Negro. Com a instalação das ecobarreiras, conseguimos reduzir esse número para algo entre 200 e 250 toneladas mensais. Isso representa uma redução de mais de 50% no volume de resíduos dentro do rio. É um trabalho ambientalmente correto”, disse o prefeito David Almeida.
Ainda segundo a Abrema, em Manaus a maior parte do lixo coletado segue para o aterro municipal, embora apenas 15% do total seja realmente rejeito. Os outros 85% poderiam ser reaproveitados na cadeia produtiva, mas acabam descartados de forma incorreta.
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*Com informações de Agência Brasil
