Acordo aposta em tecnologia para transformar biodiversidade da Amazônia em negócios sustentáveis

Uma nova parceria entre o CESAR (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife) e o CBA (Centro de Bionegócios da Amazônia) promete levar mais inovação para o coração da floresta. A proposta é ambiciosa: transformar a biodiversidade amazônica em fonte de renda, conhecimento e desenvolvimento sustentável.

A cooperação técnica vai unir conhecimento científico e tecnologia de ponta para criar projetos voltados aos estados da Amazônia Ocidental (Amazonas, Acre, Roraima e Rondônia), além do Amapá. O foco está na rastreabilidade de insumos da floresta, uso de sensores, inteligência artificial e plataformas digitais pensadas para comunidades e cadeias produtivas locais.

Apesar de não envolver repasse financeiro imediato, o acordo abre caminho para ações conjuntas com apoio de instituições públicas, privadas e da sociedade civil.

“A Amazônia é estratégica para o futuro da inovação sustentável no Brasil. Estamos colocando a tecnologia a serviço da floresta e das pessoas”, afirmou Lauro Elias Neto, um dos representantes da iniciativa.

A proposta também pretende aproveitar o potencial da Zona Franca de Manaus (ZFM), que bateu recorde de faturamento no ano passado. Segundo a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o Polo Industrial movimentou mais de R$ 204 bilhões em 2023, puxado principalmente pelos setores de informática, eletroeletrônicos e veículos de duas rodas.

Com mais de uma década de experiência em projetos voltados à ZFM, a instituição responsável pela iniciativa agora passa a atuar também dentro do ecossistema da bioeconomia amazônica, aproximando ciência e tecnologia do uso sustentável dos recursos da floresta.

“A parceria marca um passo importante para transformar a biodiversidade em conhecimento aplicado e negócios sustentáveis. Queremos gerar valor a partir da floresta com ciência, inovação e conexão entre diferentes atores da região e centros de excelência do país”, destacou Márcio Miranda, diretor-geral do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), um dos envolvidos no acordo.

Os primeiros projetos devem começar a ser desenhados ainda este ano, em áreas como biotecnologia, tecnologias verdes e digitalização de cadeias produtivas da floresta.

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