Eleição

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Domingo teremos eleição para o governo do Estado, para completar o mandato do ex-governador que foi cassado. Temos os mais diversos institutos de pesquisa dando como certo segundo turno. O que nos preocupa é que nosso estado está falido, e a primeira coisa que o eleito deve fazer é uma ação consciente e fundamental na vida de um povo como um todo, e não apenas de uma classe restrita – a elite econômica e financeira que infelizmente rege o País. Em seguida, que se estabeleçam bases sólidas (ou pelo menos quase críveis) dessa atividade para que brotem objetivos planejamentos e diretrizes respeitadas.

Entretanto, o que vemos constantemente nessas ações – ilações costumeiras transformadas em promessas vãs pelo imenso naco dos políticos brasileiros – são as influências burguesas como concepções próprias da vida, defeitos herdados dos erros do passado e o caráter duvidoso convenientemente emprenhado em grande parte no consciente de nossos homens públicos. Pois que tudo que se planeja é arranjado por acordos, ideias ou doutrinas, geralmente em benefício dos mesmos e seus áulicos. Por vezes, estendem um pouco das sobras do que deveria ser do bem comum para dividir com o pobre povo marginalizado que só acredita em Deus, nas aflições de fé e nos passeios contritos em filas comportadas das procissões de suas oportunas padroeiras.

O crucial problema, tanto político como de seus acessórios relevantes para com a governabilidade de um país, tais o econômico ou o pedagógico, só será resolvido quando seus seguidores práticos esbanjarem um mínimo de dignidade em seus atos pelos quais lutam ou postulam na vida em geral – sobretudo na pública. O Estado deveria não só promover como reger a sociedade no caminho desse ilusório bem-comum. Essa alusão do Estado como regente da sociedade presta-se a um entendimento estatista, em contradição aos princípios da doutrina e prática da política.

O Estado não pode mandar o povo fazer o que ele manda. Agora, o povo, leia-se sociedade consciente em todas as suas classes, sim! Pela manifestação eleitoral é que pode ditar suas necessidades, promovendo acentuada exigência na gerência do seu dinheiro arrecadado pelos governantes – o tesouro nacional e suas reservas patrimoniais. O Estado, pois, nada mais é do que delegado do povo e seus eleitos dirigentes e asseclas são funcionários pagos pelo povo. O poder de autoridade é fixado nos limites da Lei Eterna e da Lei Natural, seguindo o catecismo filosófico de Santo Tomás de Aquino. Aí surgiu, silencioso, um liberalismo soberano que deu força ao povo, embora combatido por intelectuais católicos, visivelmente inseridos como tema prioritário de má campanha insone de Jackson de Figueiredo, desde o tempo em que o liberalismo individualista tinha abafado os próprios germes do cristianismo de sua geração, na reação fascista contra o comunismo soviético, visto então como uma sadia afirmação do bom senso político.

A vontade geral foi desprezada, antes pelo getulismo, depois pelo militarismo, e hoje com o advento do neoliberalismo, argamassada de vez pelo petismo stalinista. Enquanto outros só vivem na cantiga de Lula. Sabem por quê? Foi o único que não deixou os pobres na mão – todo mês tem Bolsa-Família e ninguém se esforça mais atrás dos empregos. Votemos com consciência caros eleitores por mais que pareça apenas quinze meses, tem a famigerada reeleição que com certeza vai ser objeto de cobiça do eleito no domingo.

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