Administrar não é pra qualquer um

Foto: Reprodução/Shutterstock

O que falta nesse país são administradores, vejo alguns ou algumas figuras por ter mestrado ou doutorado, acharem que pode administrar uma repartição pública principalmente, pois na iniciativa privada não passariam do período de experiência. Quero neste artigo levar um papo com uma juventude universitária que necessita aceleradamente situar-se muito além das apenas ministrações docentes.

Em tom não-academicista, ressalto que o administrador do século 21 necessita apetrechar-se urgentemente de duas qualificações: a de um saber viver com penso e a de possuir visão de bailarino. A primeira evita ser disleriado (expressão do Jessier Quirino), aquele que vivencia uma transitividade ingênua, terminologia do pernambucaníssimo Paulo Freire.

A outra: para adquirir uma visão de bailarino, será agente transformador, gerador de novos conhecimentos e de novas formas de ação, descobridor de novos nichos mercadológicos. Empreendedor contextualizado, usando expressão-síntese.

Enumero para os administradores como profissionalizar-se desastradamente: 1. não perceber que todo caminho também se estrutura sob autodesenvolvimento consistente, 2. que é fatal não identificar precocemente uma inapetência de saber, indutora de indisciplinas e indiferenças para com o desenvolvimento técnico-cultural, 3. desatenções para com o índice de equilíbrio existencial, síntese do desempenho de dois outros: o índice de mutabilidade interna e o índice de mutabilidade externa.

E relaciono alguns fatores predadores do IEE: imaturidades de pais e mães, fanatismos ideológicos, religiosidades mal-estruturadas, influências midiáticas deletérias, amizades oportunistas, receitas de autoajuda, amalucamentos por “amostração”. Que redundam em inúmeras sequelas: instabilidade emocional, irritabilidade neurótica, incapacidade de ser prazeroso, sensação de vazio existencial, criatividade nula, humor zerado, “convivialidade” desastrosa.

Desejando uma caminhada vitoriosa para todos, cito os obstáculos ao marketing pessoal do administrador: vaidade zero, orgulho nulo, vitimismos, dolorismos, coitadismos (subdesenvolvimento mental), desativação do nível rebelioso (nunca sectário), desatentar-se para as pressões, inclusive as espúrias, acatar a tática defensiva do avestruz, ser sábio aos seus próprios olhos , e usar anel de ouro em focinho de porco .

Pondo-me à disposição de todos, encareço a utilização de “binoculizações,” através de ampliadas “apreendências” e “enxergâncias”. E incentivei assimilar as lições existenciais do Jessier Quirino: “Não perca a oportunidade de aprimorar seus talentos: abra o curral da verdade, pois cerca ruim é que ensina o boi a ser ladrão, Todo cuidado é pouco com os de converseiro comprido, desses que pedem para você latir pra poupar cachorro, pra ficar desbrasileiro, Não se esqueça jamais: as escolhas que fazemos ditam a vida que levamos, Que um Jesus bem cristoso e cheio de glória lhe proteja sempre.” Os novos administradores me deixam com uma sensação: a de que “saberão fazer a hora, não esperando acontecer”. Para alegria de Geraldo Vandré.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Arte rupestre amazônica: ciência que chega junto das pessoas e vira moda

Os estudos realizados em Monte Alegre, no Pará, pela arqueóloga Edithe Pereira, já originaram exposições, cartilhas, vídeos, sinalização municipal, aquarelas, história em quadrinhos e mais,

Leia também

Publicidade