Tempo e Dinheiro. Como é a nossa relação com eles? É de harmonia ou brigamos contra o pouco tempo que dispomos e contra o dinheiro que temos, lamentando que é sempre insuficiente?
Não sei se você já reparou como o tempo e o dinheiro guardam traços em comum. É famosa a expressão time is money, que deve ser de origem americana, embora tenha a sua versão em todas as línguas do universo. Se não é americana, traduz mais a cultura yankee do que o hot dog, o hamburger ou a Coca-Cola. “Tempo é dinheiro” é uma das frases que, de tanto serem ditas, viraram uma verdade quase irrefutável.
Tempo e dinheiro possuem, sim, as suas semelhanças. Uma delas é que um e outro podem ou não render. Tem dinheiro que rende, mesmo quando não aplicado; outros desaparecem tão rápido que você nem sabe como ele se foi. Acredito que todos já tiveram esta sensação. Com o tempo acontece o mesmo. Quando você se dá conta, passou uma manhã, uma semana ou mesmo um ano e não se fez muita coisa. Há situações, porém, que fazemos tanto no mesmo espaço de tempo, que mal acreditamos.
Outra semelhança é quanto ao seu uso. Se não estabelecermos o que é importante, tanto para o tempo, quanto para o dinheiro, eles serão absorvidos por outras coisas secundárias. É como se não houvesse um vácuo para eles. Se você não fizer a sua escolha conscientemente, alguém o fará para você. O que é importante para você quanto ao dinheiro? O que é importante para você quanto ao tempo? São questões que podem aproximar ou distanciar você da felicidade.
Ainda quanto ao uso do dinheiro ou do tempo, para quem ele será útil? Para quem ele servirá? Para o quê ele será empregado? Quais as sementes que serão plantadas pelo tempo ou pelo dinheiro? Que frutos poderão nascer dali?
Tempo e Dinheiro. Como é a nossa relação com eles? É de harmonia e de respeito mútuo, ou brigamos contra o pouco tempo que dispomos e contra o dinheiro que temos, lamentando que é sempre insuficiente? Temos gratidão em relação ao tempo e ao dinheiro que nos são permitidos? Quais as nossas crenças em relação ao dinheiro? Quais as nossas crenças em relação ao tempo? Somos mesmo donos de nosso tempo? Somos mesmo donos de nosso dinheiro? O que faremos com mais dinheiro? O que faremos com mais tempo?
Creio que há uma fase na vida que tendemos a achar que temos todo o tempo do mundo e que o que falta é dinheiro. Na medida em que vivemos mais, podemos acumular algum ou muito dinheiro, mas o tempo vai ficando mais escasso. Sabemos que já não temos todo o tempo do mundo. Precisamos cada vez mais de um sentido, para o tempo e para o dinheiro.
Dinheiro e Tempo. Meios para algo maior ou fins em si mesmos?
Recebemos o tempo como um presente de Deus, da Vida, do Invisível ou do Universo, seja lá qual for a nossa crença. Achamos que o dinheiro não é um presente, ele é fruto exclusivo de nosso trabalho. Será mesmo? Não viriam eles da mesma fonte?
Tempo e Dinheiro. Não Tempo é Dinheiro. Para mim, tempo é mais do que dinheiro, principalmente a esta altura da minha vida. Com suas semelhanças e diferenças, conhecer um pouco mais sobre a natureza de cada um pode fazer toda a diferença na construção da nossa felicidade e do mundo ao nosso redor. E você? Para você o que vale? Tempo e dinheiro ou Tempo é Dinheiro?
Sobre o autor
Julio Sampaio (PCC,ICF) é idealizador do MCI – Mentoring Coaching Institute, diretor da Resultado Consultoria, Mentoring e Coaching e autor do livro Felicidade, Pessoas e Empresas (Editora Ponto Vital). Texto publicado no Portal Amazônia e no https://mcinstitute.com.br/blog/.
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