“Ter que” é irmão gêmeo do “meu problema”. Hábitos de linguagem e de pensamento. Não quero que eles me sigam. Não tenho problemas e faço tudo por opção, porque quero.
Outro hábito da nossa mente é o de procurar problemas. Nossa mente é boa nisso. Se estivermos parados, sem fazer nada, nosso pensamento começa a buscar algum. Encontramos problemas rapidamente em casa, no trabalho, no médico, no banco ou em qualquer outro lugar. Este é o estado natural da nossa mente, também chamado de entropia, uma espécie de caos interior, como o quarto de qualquer adolescente. Por isso, precisamos de algo que coloque ordem na casa. A oração, o foco, a meditação e o flow nos levam para a ordem. Ou é ela, ou é o problema, que nossa vagante mente logo vai encontrar.
Tarde demais. Acabei chegando no problema (aconteceu de novo). Tenho dito isto para minha mente, mas ela não me escuta. Não quero saber de problema. Cheguei à conclusão de que não tenho problema. Estou lutando para eliminar a palavra de meu vocabulário. Não quero que a minha mente enxergue ou ouça problema. Tenho desafios, dilemas, questionamentos, mas não tenho problemas. Digo isso para que ela, minha mente, encare cada situação com as oportunidades que o desafio traz. Minha mente tem que…
Não, ela não tem que… nada. Outro hábito que tento corrigir. Eu não tenho que…nada (sou a minha mente ou é ela que sou seu)? De qualquer maneira, faço tudo por opção, porque quero. Vou fazer isso porque desejo aquilo ou quero evitar que tal coisa aconteça, comigo ou com outras pessoas.
“Ter que” é irmão gêmeo do “meu problema”. Hábitos de linguagem e de pensamento. Não quero que eles me sigam. Eles não me pertencem. Tenho que, ops, quero eliminá-los, tapar ou ouvidos, jogá-los fora sempre que aparecerem, sem serem chamados. Não é que eu tenha que. Afinal, não tenho que nada e não tenho problemas. Será que a minha mente está ouvindo isto?
Sobre o autor
Julio Sampaio (PCC,ICF) é idealizador do MCI – Mentoring Coaching Institute, diretor da Resultado Consultoria, Mentoring e Coaching e autor do livro Felicidade, Pessoas e Empresas (Editora Ponto Vital). Texto publicado no Portal Amazônia e no https://mcinstitute.com.br/blog/.
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