Que nota eu dou para mim mesmo?

A questão não é que nota eu dou para a minha vida. Neste caso, estaria pensando qual o meu nível de satisfação com ela.

A questão não é que nota eu dou para a minha vida. Neste caso, estaria pensando qual o meu nível de satisfação com ela. Estou com saúde? A família vai bem? E o trabalho? Estou me realizando com o que estou fazendo? Minhas condições financeiras estão de acordo com o padrão de vida que tenho ou quero ter? Estou feliz com a minha mulher? Tenho uma boa relação com as minhas filhas, genros, familiares e netos? Tenho estado com amigos? Tenho me divertido como gostaria? Tenho estudado e aprendido? Sinto que estou evoluindo na minha missão e no meu propósito?

Refletindo sobre questões como estas, eu poderia simbolicamente dar uma nota para a vida, por exemplo, de zero a dez. Valeria para este momento, pois a vida é dinâmica e, como alguém já disse, as mudanças, junto com a morte, fazer escolhas e os impostos são as únicas coisas certas na vida.

Mas volto a dizer, esta não é pergunta que trago para mim mesmo e que compartilho com você, caro leitor. A questão é: que nota eu dou para mim mesmo diante do que a vida me traz neste momento?

Que nota eu dou para mim mesmo. Foto: Freepick

Neste caso, a reflexão é sobre qual o meu nível de satisfação comigo mesmo, com a forma de lidar com o que a vida traz para mim. Há as coisas agradáveis, que me fazem feliz naturalmente e há as dificuldades, as perdas, que evitaria se pudesse, mas que não estão sob o meu controle.

Será que estou desfrutando das coisas boas como poderia? Para começar, percebo e valorizo o que sou e o que tenho? Sou suficientemente grato por tudo isto? Faço o melhor uso e saboreio o que a vida me proporciona como presentes?

E quanto às dificuldades? Como estou lidando com elas? O que caberia aceitar e o que recomendaria resiliência? Estou tirando também o melhor proveito destas dificuldades? Aprendendo o que posso aprender, ganhando força e percebendo as boas sementes que qualquer situação proporciona, por mais difícil que seja? Goethe afirmou que “não existe nenhuma situação que não possa ser enobrecida, seja agindo, seja aceitando”. Sim, as dificuldades nos geram a oportunidade de reagir com dignidade, mesmo quando contrariados.

Que nota eu dou para mim mesmo diante do que a vida me traz neste momento? Observo que há pessoas que, ao analisarem a si mesmas, tendem a ser extremamente rigorosas, numa excessiva autocobrança. Às vezes, eu faço isto, mesmo sabendo que devemos ser generosos conosco mesmos e reconhecer os nossos próprios méritos.

Algumas pessoas, porém, ao contrário, tendem a ser excessivamente autoindulgentes, não exigindo de si mesmas o que lhes caberia. Aprendi que o exercício de desenvolver uma segunda pessoa, capaz de nos olhar objetivamente, pode ajudar a conquistar o equilíbrio, como um bom tempero. Estou conseguindo este equilíbrio?

Que nota eu dou para mim mesmo diante do que a vida me traz neste momento? Refletir sobre isto traz para mim a responsabilidade de fazer o meu melhor, de assumir conscientemente as minhas escolhas. Reforça em mim a compreensão de que não é a vida que está em questão. Ela sempre trará altos e baixos. Também não são os outros, a quem eu poderia julgar e atribuir culpas.

Compartilho com você que, considerando os diversos setores e papéis da minha vida e como vivencio cada um deles, me atribuo simbolicamente uma nota superior a sete, próxima de oito. Dá para passar de ano, mas pode melhorar. E você, caro leitor? Que nota você daria para você mesmo? 

Sobre o autor

JulioSampaio (PCC,ICF) é idealizador do MCI – Mentoring Coaching Institute, diretor da Resultado Consultoria, Mentoring e Coaching e autor do livro Felicidade, Pessoas e Empresas (Editora Ponto Vital). Texto publicado no Portal Amazônia e no https://mcinstitute.com.br/blog/.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

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