Para você que chegou até aqui

Neste período, o mundo mudou talvez para sempre, e alguns de nós mudamos também. Talvez para melhor. O responsável por tudo isto, por ironia do destino, foi um elemento invisível

Começamos em março esta série que tratou da relação entre trabalho dinheiro e espiritualidade. Era o início da pandemia que, a esta altura, já levou mais de 110 mil vidas somente no Brasil. Tudo indica que este número é, na realidade, algumas vezes maior. É difícil até imaginar esta quantidade de pessoas mortas, quando apenas uma já seria muita coisa. Neste período, o mundo mudou talvez para sempre, e alguns de nós mudamos também. Talvez para melhor. O responsável por tudo isto, por ironia do destino, foi um elemento invisível.

Pode ser que isto nos sirva para lembrar que existem outras dimensões entre o concreto da pedra e o abstrato absoluto. Sabemos disso através dos pensamentos e dos sentimentos, mas ainda insistimos em definir o que é verdade por meio da lógica do materialismo. Vimos no segundo artigo que há uma nova linha da ciência que não nega, mas que complementa a linha mecanicista, incluindo-a numa visão mais abrangente. Ela admite tratar questões imateriais de acordo com a sua própria essência.

Antes disso, vimos como não temos a gestão completa sobre a entrada e a saída de nosso dinheiro, mas que exercemos uma forte influência sobre elas por meio do merecimento que geramos, fruto da combinação entre o que podemos chamar de créditos e de débitos espirituais. Analisamos como, em relação ao dinheiro, eles (o débito e o crédito) são frutos de uma engrenagem que abrange a maneira como ganhamos dinheiro, a relação que nutrimos com ele e a forma como o utilizamos.

Especificamente quanto ao ganho, no campo do trabalho, vimos que utilizar a profissão como meio de cumprir a nossa a missão e desenvolver um propósito através dela é uma das maneiras mais diretas de gerar créditos espirituais positivos.

Na relação com o dinheiro, quem comanda quem e que tipo de sentimentos nutrimos pelo que recebemos? Finalmente, vimos que a parte mais difícil costuma ser a maneira como o utilizamos, sendo fundamental um orçamento escrito, nos livrarmos das dívidas e o equilíbrio entre nós e o futuro, pela poupança / investimento e entre nós e o universo, pela doação. Conversamos sobre a força da doação, quando direcionada às causas que tocam o nosso coração.

Se tudo começa a ser construído no invisível, percebemos como é importante deixar os nossos sonhos viverem, simplesmente, deixando-os fluir, transformando-os em metas e criando uma ponte com um mundo concreto por meio de um plano de ação. Sonhos, Metas e Plano de Ação, um caminho entre a realidade invisível e a realidade visível.

No cumprimento do plano de ação, buscamos inspiração em grandes líderes como Nelson Mandela, Abraham Lincoln, Stephen Hawking, Viktor Frankl e Edith Eva Eger, símbolos de resiliência de pessoas que criaram um propósito que era maior do que eles mesmos. Lembramos do grande Steve Jobs que nos alertou sobre as sincronicidades. Só conseguimos percebê-las quando olhamos para trás. Que para frente, precisamos acreditar que algo ligará os pontos, sendo imprescindível ter fé e esperança. Ele nos disse: “siga o seu coração”.

É isto que tenho procurado fazer desde que, aos 24 anos, como comentei no primeiro artigo, perdi tudo que tinha conseguido realizar até então e ainda devia anos de trabalho. A pergunta que me perseguia na época era “porque algumas pessoas têm tanta facilidade ou sorte e outras tantas, dificuldades de ganhar dinheiro”? Em Mokiti Okada, encontrei as primeiras respostas e, de lá para cá, encontrei alguns outros mestres pelo caminho. Quase 40 anos depois, ainda sigo meu coração nesta direção, buscando compartilhar o que tenho aprendido.

Encerrando esta série, quero agradecer a você que chegou até aqui, desejando que estas ideias possam ser úteis para a sua trajetória, assim como tem sido para mim. Desejo também que você tenha muito sucesso na realização de sua missão e de seu propósito, incluindo os seus maiores sonhos. Na próxima semana, iniciamos uma nova temática ligada ao mundo do trabalho e da vida. Como sermos mais felizes independentemente de fatores externos?

*O conteúdo do texto é de inteira responsabilidade do(a) autor(a) e não reflete, necessariamente, a posição do Portal Amazônia.

Julio Sampaio de Andrade | Mentor e Fundador do MCI – Mentoring Coaching Institute | Diretor da Resultado Consultoria | Autor do Livro: O Espírito do Dinheiro (Editora Ponto Vital) 

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Felicidade dos netos, o que nos cabe como avós?

No meu caso, por exemplo, tenho seis netos. Cinco deles moram no exterior e uma netinha em outra cidade. Qual poderia ser o meu papel na contribuição para a felicidades deles?

Leia também

Publicidade