Costumamos nos concentrar naquilo que não somos bons, usando muita energia para nos transformar em alguém que nunca seremos.
Maria Glória é uma boa ouvinte e isto faz toda a diferença para quem está por perto.
Maria Amélia é administradora financeira e vem cuidando e salvando empresas ao longo de toda a vida.
Para Maria Flor, tudo tem que ser artístico e é assim que ela leva a sua vida.
Maria Conceição é uma vendedora nata e acumula grandes conquistas.
Maria Eduarda é boa em números e em estabelecer processos.
Maria Helena é expert em lidar com tudo relacionado à tecnologia.
Sua irmã Maria Carolina é hábil em lidar com pessoas.
Maria Fernanda alia naturalmente tecnologia à educação, enquanto Maria Cecília, aos negócios.
Maria de Jesus nasceu para a cura e, como médica, salva vidas todos os dias.
Maria Eugênia é empreendedora e está sempre de olho em novas oportunidades.
Maria da Penha se realiza fazendo conexões entre pessoas.
Maria Antônia faz com que as pessoas à sua volta floresçam, como faz com os seus filhos.
Maria Clara é acolhedora e se interessa por tudo que se relaciona a pessoas.
Maria Augusta estabelece e supera metas continuamente, como faz com as montanhas que escala.
Na medida que vou escrevendo, novas Marias me vêm à cabeça e a relação não acabaria nunca. Cada Maria é de um jeito. Cada uma traz as suas forças e talentos. Se todas fossem iguais, o mundo não se sustentaria. Não seria possível, por exemplo, produzirmos individualmente tudo o que consumimos, por isso, precisamos da divisão do trabalho. Uns plantam, outros fabricam, alguns embalam, outros distribuem, alguns ensinam, outros vendem e assim por diante, numa divisão quase infinita. Da mesma forma, precisamos do talento de cada um.
Mas de onde vêm os nossos talentos?
Gosto de pensar que nossos talentos são atribuídos por uma força superior com um determinado propósito, que se transforma em nossa missão. Não há motivo para nos envaidecermos de nossos talentos. Não há motivo também para ignorá-los. Ao contrário, reconhecê-los é uma forma de tomar consciência. Também o é, fazer o máximo uso destes talentos, fortalecendo-os ainda mais.
Costumamos nos concentrar naquilo que não somos bons, usando muita energia para nos transformar em alguém que nunca seremos. Não seria melhor usar esta energia para potencializar o que já somos e assim sermos ainda melhores? Mas melhores para o quê? Para que servem os nossos talentos? Para que servem os talentos de Maria?
Nossos talentos servem para servir. Servir aos que estão à nossa volta. Servir ao coletivo. Servir ao mundo. Somente quando nossos talentos servem a todos, eles servirão a nós mesmos. É como a própria felicidade que, como efeito indireto, somente acontece quando fazemos outras pessoas felizes. Há muitas Marias únicas e todas estão aqui para servir. E para você? Para que e para quem servem os seus talentos?
Sobre o autor
Julio Sampaio (PCC,ICF) é idealizador do MCI – Mentoring Coaching Institute, diretor da Resultado Consultoria, Mentoring e Coaching e autor do livro Felicidade, Pessoas e Empresas (Editora Ponto Vital). Texto publicado no Portal Amazônia e no https://mcinstitute.com.br/blog/.
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