O que você faz? Qual é o seu negócio?

Uma situação delicada que enfrento, por exemplo, é quando me pedem para, a fim de me apresentar em uma palestra, definir o que “eu sou”. Você responde bem a este tipo de pergunta?

Por Julio Sampaio de Andrade – juliosampaio@consultoriaresultado.com.br

Quando conheço uma pessoa em uma festa, um coquetel ou em uma prática esportiva, depois de um breve tempo de conversa, é comum a pergunta: “O que você faz? Qual é o seu negócio?” Isto deve acontecer com você também, já que somos induzidos a nos enquadrar em caixinhas de profissão, gênero, estado civil e diversos tipos de preferência, inclusive as sexuais e de clube de futebol. Com exceção destas duas últimas, que podem ser percebidas ou respondidas diretamente, sobre várias outras, tenho sempre dificuldade de responder, de uma forma objetiva e simples, que não requeira maiores explicações.

Uma situação delicada que enfrento, por exemplo, é quando me pedem para, a fim de me apresentar em uma palestra ou em situações similares, definir o que “eu sou”. Você responde bem a este tipo de pergunta?

No meu caso, lido ainda com um conflito interno. De um lado, a consciência de que é preciso ter foco para ser bem-sucedido em qualquer área; de outro, com a atração por diversos temas e projetos em que anseio me aprofundar, sabendo que não terei tempo nesta jornada para fazer isto. Como acredito que terei outras empreitadas, encaro isto com tranquilidade, que é perturbada quando me fazem tais perguntas: O que você faz? Qual é o seu negócio?

O que faço, ou procuro fazer, é muito diversificado. Qualquer que seja o rótulo de título ou profissão, no entanto, converge necessariamente para “contribuir com pessoas e com empresas”. Mas contribuir com o quê? E é aí que entra o que é o meu negócio: “Felicidade”, o que implica em resultados, para pessoas e para empresas. Felicidade para o meu entorno, para o mundo (já que acredito em um efeito irradiador da felicidade) e para a minha própria felicidade. Talvez, na maior parte do tempo inverta a ordem, priorizando a minha felicidade, mas, conscientemente, sei que ela será consequência do quanto eu tratar bem o “meu negócio”, uma forma coloquial de dizer “a minha missão” e o “meu propósito”.

Falando sobre Felicidade, alguém detém a sua fórmula? Existem práticas recomendáveis, sim, mas não são propriedades exclusivas. Se dentro das grandes Leis da Natureza, existem caminhos para a Felicidade, então, eles nunca serão exclusivos, mas complementares entre si.

É esta convicção que leva a mim e ao MCI, instituição que lidero, a defender e estimular a prática da Felicidade Consciente, valorizando diferentes caminhos, independentemente de qualquer tipo de rótulo, categoria, crença ou separações, próprias da maneira cartesiana de pensar. Este paradigma científico, que nos trouxe muitos avanços, é claramente insuficiente para nos fazer seguir adiante e lidar com as grandes questões atuais, como Edgar Morin nos ensina. Sendo um cientista altamente reconhecido pela academia, Morin propõe a ruptura dos atuais paradigmas concretos e materialistas, ainda preponderantes.

É por tudo isto que o MCI apoia o estudo e a pesquisa de diferentes métodos de felicidade, cujo objetivo seja transformar o mundo em algo melhor do que temos e das ameaças que se apresentam. Temos o amparo da filosofia, da neurociência, da psicologia positiva e de diferentes crenças religiosas, orientais e ocidentais. Precisamos destacar o quanto estes conhecimentos se assemelham e o quanto há de sinergia entre eles. Não precisamos classificá-las pelas diferenças, o que somente enfraquece o objetivo final.

O Método MCI de Felicidade é aberto e facilmente acessível, mas desejamos que outros caminhos, baseados em princípios elevados, sejam oferecidos, permitindo que cada um de nós faça as suas escolhas conscientemente, visando a Felicidade de todos e de nós mesmos. Todos temos o que oferecer e o que receber.

Filósofos como Sócrates, Platão, Aristóteles e Mokiti Okada declararam que por detrás de tudo o que faz, o homem objetiva a Felicidade. Retornando a questão inicial, este é o meu negócio. E você? O que você faz? Qual é o seu negócio?

Sobre o autor

Julio Sampaio (PCC,ICF) é idealizador do MCI – Mentoring Coaching Institute, diretor da Resultado Consultoria, Mentoring e Coaching e autor do livro Felicidade, Pessoas e Empresas (Editora Ponto Vital). Texto publicado no Portal Amazônia e no https://mcinstitute.com.br/blog/.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

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