Nesta semana, vivi alguns momentos de muita felicidade. Deveria me sentir culpado por isso?
Nesta semana, vivi alguns momentos de muita felicidade. Deveria me sentir culpado por isso? Questionei-me por saber que muitos estão sofrendo, pessoas morrendo e o país vivendo um momento caótico. Sentir-se feliz com tudo isso acontecendo, seria insensibilidade? Uma contradição? Não buscar ser feliz, em qualquer circunstância, também não seria? Tudo o que fazemos tem por objetivo algum tipo de felicidade.
No meu caso, a felicidade que vivi tem a ver com prazer e também com propósito, dois dos principais tipos de felicidade. Estava feliz pelo lançamento de um livro, cujo título é justamente Felicidade, Pessoas e Empresas (https://pag.ae/7WYpZtoxK).
Escrever um livro é muito mais trabalhoso do que prazeroso, mesmo quando o texto flui de algum lugar, como se fosse uma dança. Tem a gratificação pela atividade em si, porém, com uma alta exigência de persistência, suor e frustrações, como nos momentos em que a coisa não anda. Ou quando você joga fora o resultado de horas de trabalho, quando o texto que parecia bom, revela-se horrível, no dia seguinte. Depois existem todas as questões práticas da produção: revisão, registro, capa, impressão etc. O autor é mesmo apenas um membro de uma equipe. Não conseguiria publicar sem o apoio de várias pessoas. Lembro sempre delas com gratidão.
O sentido de propósito está mais presente na criação de um livro do que o prazer. É um tipo de felicidade diferente. Mais próxima do sentimento de pais com seus filhos. Junto com as alegrias, os filhos geram preocupações, além de uma alta dedicação por muito tempo. Um livro é mesmo como um filho. Você põe no mundo e ele ganha vida própria. O que será dele? Às vezes, um filho supera em muito as suas expectativas. Às vezes, um livro também. Já aconteceu comigo e isto gera um tipo de realização tão grande, que não haveria outro termo: felicidade.
Além disso, há o propósito referente ao conteúdo, a mensagem que o autor quer transmitir para um maior número de pessoas. No caso deste livro, ele tem a missão de levar reflexões e proposição de práticas que ajudem pessoas e empresas a serem mais felizes. Reúne conhecimentos da ciência, da filosofia e de alguns renomados pensadores que vêm estudando o tema felicidade, há muito tempo. Em momentos como o que vivemos, isto ganha importância ainda maior. Torna-se um importante propósito.
E finalmente, há o momento mágico do lançamento. Depois de todo o empenho do autor e da equipe, por meses e até anos, chega o instante do nascimento. Reunir os amigos, compartilhar e comemorar é algo que não tem preço. É comum ouvir-se que há certos amigos e parentes que só encontramos em casamentos ou em velórios. ‘Mas há uma terceira categoria, o lançamento de livros, a noite dos autógrafos. Aparece gente de todos os lugares e de todas as décadas que você viveu. O novo espaço de encontro é o digital, mas as emoções são tão fortes quanto fortes abraços amigos. Há um misto de prazer, gratidão e propósito. Momentos de felicidade no meio de tantas incertezas. Afinal, o tema da noite era Felicidade, Pessoas e Empresas. Que o livro cumpra a sua missão ajudando pessoas e empresas a serem mais felizes, com prazer e com propósito.
Julio Sampaio (PCC, ICF)
Idealizador do MCI – Mentoring Coaching Institute
Diretor da Resultado Consultoria, Mentoring e Coaching
Autor do Livro: Felicidade, Pessoas e Empresas (Editora Ponto Vital), dentre outros
Texto publicado no Portal Amazônia e no https://mcinstitute.com.br/blog/