Dinheiro, espiritualidade e a nova ciência

Como pretendo demonstrar que aspectos invisíveis influenciam fortemente nossa condição financeira, e isto pode parecer estranho para muitos, vou apresentar brevemente o que seria esta abordagem, do ponto de vista científico

Seguindo a vida, mesmo que os voos estejam suspensos, o clima tenso e as ruas desertas, lembro que, no artigo anterior, comentei sobre os fatos que me levaram a escrever o livro O Espírito do Dinheiro e a convicção de que não temos a completa gestão sobre a entrada ou saída do dinheiro, embora tenhamos uma influência decisiva, por meio de nossas atitudes e ações.

(Foto: Divulgação)

Argumentei que estas atitudes interferem num plano invisível ­- podemos denominá-lo de Dimensão Espiritual. O leitor, se preferir, dê uma outra terminologia. Por fim, comentei que, independentemente de como a chamemos, esta abordagem pode ser tratada em um novo tipo de ciência que não se limita ao concreto.

Esta ciência é conhecida por complexidade ou não linearidade e conta com nomes muito conceituados no meio científico, como Amit Goshami, Fritjof Capra, Rupert Sheldrake, Edgard Morin, dentre vários outros. Como pretendo demonstrar que aspectos invisíveis influenciam fortemente nossa condição financeira, e isto pode parecer estranho para muitos, vou apresentar brevemente o que seria esta abordagem, do ponto de vista científico.

Aliás, foi isto o que me disse o Professor Edmilson Souza Lima, orientador da minha dissertação de mestrado, quando soube que eu pretendia introduzir o tema Espiritualidade em meu trabalho. O orientador anterior havia dito: “Impossível! A Espiritualidade não entra na academia”. Troquei de orientador.

O Professor Edimilson me falou então: você vai precisar justificar logo de início que utilizará uma nova base epistemológica (de forma simplista, a epistemologia é o que define o que é e o que não é ciência). Explicou-me sobre a existência da Complexidade ou Linearidade, que não se opõe ao raciocínio científico mecanicista, mas o inclui, sendo mais abrangente.

A ciência clássica é composta pelo raciocínio concreto, materialista, reducionista, que separa o todo em partes e que se baseia em experimentos. Este pensamento, dito cartesiano, deve ser valorizado, já que é responsável por todo o desenvolvimento tecnológico que a humanidade vem experimentando desde o século XVI. 

(Foto: Divulgação)

Sabemos, porém, que esta abordagem mecanicista ou materialista apresenta evidentes limites por não ser aplicada a organismos vivos, a organizações e para aspectos invisíveis, como o pensamento e sentimentos, embora ninguém duvide de suas existências.

Influenciada fortemente pela nova física, a nova ciência introduz a incerteza, a visão do todo, o papel ativo do observador e não exige comprovação material de algo, por definição imaterial, como a espiritualidade, cujo significado inicial é o de vida, spiritus, anima, psich, atman.

Feita esta brevíssima explicação inicial, atendendo às recomendações do Prof. Edmilson, pretendo demonstrar a você, caro leitor, nas próximas conversas, que o dinheiro também tem espírito e vida. Ainda vou explanar o que podemos fazer para influenciar positivamente a sua entrada e saída, fazendo com que ele (o dinheiro) seja um fator que contribua efetivamente para a nossa felicidade e para todos ao nosso redor.

*O conteúdo do texto é de inteira responsabilidade do(a) autor(a) e não reflete, necessariamente, a posição do Portal Amazônia.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Xote, carimbó e lundu: ritmos regionais mantém força por meio de instituto no Pará

Iniciativa começou a partir da necessidade de trabalhar com os ritmos populares regionais, como o xote bragantino, retumbão, lundu e outros.

Leia também

Publicidade