Na medida em que vamos passando da infância, pela juventude, vida adulta, vida madura e senioridade (um nome positivo e sem eufemismos), cada vez mais sentiremos necessidade de compartilhar.
Este foi o tema da segunda Semana com Propósito MCI, uma sequência de lives e aulas gratuitas que visaram trazer para as pessoas que nos acompanham, informações e reflexões, que as ajudem a desenvolver insights e a fazerem as suas próprias escolhas, de acordo com o que são e com o que desejam.
Como já estamos em março, muitos começam a sentir aquela desagradável sensação de que o tempo corre mais rápido do que a gente e de que elas já estão atrasadas para as metas que definiram para o ano. Quem de nós já não se sentiu assim, que atire a primeira pedra. Neste momento, há duas reações comuns: a pessoa paralisa ou acelera.
Paralisar sem uma reflexão para ação gera procrastinação e o prolongamento da inércia, acompanhada de uma crescente autocobrança e frustração. A alternativa de simplesmente acelerar não parece melhor, pois se não sabemos para onde ir, pode ser que nos afastemos ainda mais de onde vamos querer estar.
Assim, vale retomar a questão: onde estamos e onde pretendemos estar? Mais uma vez lembrando o que disse o gato no Alice do País das Maravilhas: “se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve”. Para o que estamos aqui? O que viemos realizar? Qual a nossa missão? Esta é tal pergunta de 1 milhão de dólares, que deve ser seguida de uma outra. Dentro da minha missão, qual é o meu propósito neste momento de vida? O que quero construir como meu legado, seja na empresa onde trabalho, com os meus clientes, nas relações que tenho, ou na vida? Investir alguns minutos nestas questões significa ganhar muito tempo quando acelerarmos. Saberemos para onde ir, teremos energia para isto e os ventos serão sempre favoráveis.
Mas não queremos ser felizes apenas quando chegarmos lá, seja aonde for. Queremos ser felizes durante a caminhada. Nesta jornada, na medida em que vamos passando da infância, pela juventude, vida adulta, vida madura e senioridade (um nome positivo e sem eufemismos), cada vez mais sentiremos necessidade de compartilhar. É da natureza humana. Mas não apenas compartilhar momentos, fotos ou vídeos nas redes sociais, mas compartilhar nosso conhecimento, nossa experiência, para ser útil a outras pessoas. A maior parte de nós, quando reflete, é levada a concluir que a sua missão está relacionada a algum tipo de compartilhamento. Assim, pensar no que você tem a compartilhar é um ótimo investimento de tempo.
Compartilhar conhecimento, porém, requer um novo tipo de conhecimento. E é aí que pode se abrir um novo universo. A cada porta que se abre mais perceberemos o quanto falta saber e quão saborosas são as descobertas. Muitos encontram nos estudos de coaching, de mentoring e de consultoria, este universo abrangente. Neste caso, não só será valorizada a chegada, mas usufruído cada passo da jornada.
Tudo isto está relacionado à construção consciente de felicidade. Neste caminho estarão a alegria, o engajamento, o sentido (missão + propósito + legado), as boas relações que serão desenvolvidas e, finalmente, a superação de metas e objetivos, que nos trarão realizações. Nestas circunstâncias não será difícil sermos gratos, altruístas, desapegados e degustadores do belo.
Ajustar a direção antes de acelerar não é apenas trabalhar pela chegada. Ela pode estar longe e fazer parte de um jogo infinito, sem data ou local exato para terminar. Ajustar a direção é trabalhar para que cada passo seja na direção certa, com consciência e propósito, carregando na mochila os ingredientes que compõem a felicidade, para nós e para todos.
Assim, mesmo que você não tenha participado das lives, não deixe de pensar nisso. Antes de acelerar, ajuste o rumo.
Sobre o autor
Julio Sampaio (PCC,ICF) é idealizador do MCI – Mentoring Coaching Institute, diretor da Resultado Consultoria, Mentoring e Coaching e autor do livro Felicidade, Pessoas e Empresas (Editora Ponto Vital). Texto publicado no Portal Amazônia e no https://mcinstitute.com.br/blog/.
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