São reuniões dentro e fora da Globo, entrevistas, propostas de trabalho, fotos e papo com os (muitos) fãs na porta do hotel em que está hospedada no Rio. Nesse meio tempo, uma passadinha rápida em Eldorado, no Rio Grande do Sul, sua cidade natal e uma ida à delegacia de Atendimento à Mulher para prestar depoimento sobre a investigação de agressão envolvendo o participante Marcos, seu namorado no reality show.
“Desejo tudo de bom para ele e quero que seja feliz, assim como eu estou feliz. Não tenho mágoas. O que aconteceu na casa, ficou na casa. Sou grata a tudo o que ele fez por mim, mas, no momento, estou focada nos meus planos de ser atriz”, limita-se a dizer.
A única reflexão que Emilly afirma ter feito é a de que aprendeu a ouvir mais. “Não me arrependo de nada, mas seria menos explosiva. A Emilly de hoje sabe ouvir”, avalia. Nem sempre. Perguntas sobre os muitos inimigos que fez no programa ela não quer ouvir. “A matéria não é sobre mim? Vamos falar de mim então”, pediu ela ao não querer responder sobre a relação com a rival Vivian.
Já sobre as cenas quentes que protagonizou embaixo do edredom, ela não fugiu. “Meu pai me deu uma bronca. Disse que eu não precisava me expor daquele jeito. Mas entendeu que eu estava namorando, e sexo é uma coisa normal entre namorados”, explica ela, que teve três relacionamentos duradouros e perdeu a virgindade aos 15 anos.
Rica e amando ser famosa, a ex-BBB planeja usar o dinheiro do prêmio para melhorar a vida da família. O pai pediu demissão da empresa em que trabalhava para se mudar com as gêmeas, a filha mais velha e o neto de 4 anos para o Rio de Janeiro. “Para onde eu for, eles vão comigo. Quero continuar ter uma vida simples, mas proporcionar algo melhor para a minha família e dar uma escola boa para o meu sobrinho. Essa é a minha prioridade”.
E assim, Emilly pensa em deixar para trás a vida humilde que levava em Eldorado. “Meu pai trabalhava como técnico mecânico e sustentava a casa ganhando salário de menos de R$ 2 mil. Nunca passei fome, mas tivemos uma vida dura. Somos pobres. Tanto, que comecei a trabalhar com 16 anos como vendedora e sempre estudei em escola pública”.
Nas redes sociais, porém, Emilly sempre mostrou uma vida que, para muitos, poderia ser confundida com ostentação. Ela e a irmã, Mayla, aparecem em fotos com roupas de grifes e pelo mundo e em viagens caras. “Viajava com o meu namorado, e as roupas foram todas doadas da patroa da minha madrinha, que perdeu a filha de um câncer. Ela era modelo e rica, e acabamos herdando as peças”, explica.
A oportunidade de mudar de vida veio de duas tentativas para entrar no “BBB”. “Quando a minha mãezinha morreu, eu estava desesperada procurando emprego, até que surgiu o programa”, lembra, sem conter a emoção. As lágrimas de Emilly derramaram por três vezes, sempre que ela citava a mãe, que morreu de úlcera um mês antes de ela ser confinada.”Não falava muito dela no programa para não me fazer de vítima. Aí tinha que conversar com ela em pensamento”, explica. “Ontem estávamos eu e minha família na rua agradecendo por tudo isso que está acontecendo na minha vida, até que veio uma coruja e parou na nossa frente. Era o sinal dela para mim. A coruja sempre foi o símbolo da minha mãe. E ela adorava ser lembrada. Então, vou te pedir para falar dela nessa matéria”.