O ranking também mostra que os meses com maior concentração de partículas poluentes no ar das cidades coincide com o período com menos chuvas na região, entre maio e novembro
A empresa suíça IQAir, que realiza o monitoramento da poluição do ar no planeta, informou que seis cidades do Acre e uma de Rondônia figuram entre as piores do país quando se trata de qualidade do ar. Segundo o balanço final de 2022, Acrelândia, Senador Guiomard, Rio Branco, Brasiléia, Feijó e Porto Velho são as cidades do Brasil que estão no top 10 nesse quesito.
Publicado em inglês, o artigo aponta que Acrelândia teve o ar mais poluído do Brasil com média de 23.3 µg/m³ de material particulado.Já a capital de Rondônia, Porto Velho aparece na segunda colocação com 20.2 µg/m³. As próximas cidades que aparecem no estudo são: Senador Guiomard (18.7 µg/m³), Rio Branco (18.2 µg/m³), Brasiléia (17.6 µg/m³) e Feijó (15.7 µgm³).
A pesquisa também faz um comparativo com o ano de 2021 e os números impressionam, alguns para positivo e outros para negativo. Confira:
Cidade | 2022 | 2021 |
Acrelândia | 23.3 µg/m³ | 28 µg/m³ |
Porto Velho | 20.2 µg/m³ | 22.1 µg/m³ |
Senador Guiomard | 18.7 µg/m³ | 12.9 µg/m³ |
Rio Branco | 18.2 µg/m³ | 12.6 µg/m³ |
Brasiléa | 17.6 µg/m³ | 15.4 µg/m³ |
Feijó | 15.7 µg/m³ | 11.7 µg/m³ |
Falta de água no Acre
O ranking também mostra que os meses com maior concentração de partículas poluentes no ar das cidades acreanas coincide com o período com menos chuvas na região, entre maio e novembro, quando ocorrem as queimadas urbanas. É possível perceber que assim que tem início o chamado Inverno Amazônico, os índices apresentam melhora.
Para o monitoramento do Acre, a rede suíça se baseia em estações de monitoramento da Universidade Federal do Acre (Ufac) e do Ministério Público. No ranking global, o Brasil ocupou a posição de número 81, e Acrelândia foi a única cidade acreana entre as mil piores, em 792º lugar.