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Quinta, 25 Abril 2024

Guajará-Mirim: resistência indígena e a construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré

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A cidade de Guajará-Mirim fica localizada ao oeste de Rondônia e a história da sua formação tem relação com a construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM). A cidade é considerada turística por seus hotéis de floresta, praias, balneários e belezas naturais.

Antes da assinatura do Tratado de Petrópolis entre Brasil e Bolívia, o município de Guajará-Mirim era considerado uma indicação geográfica para designar o ponto brasileiro à povoação boliviana de Guayaramerín.

Com a necessidade de um acordo entre o Brasil e Bolívia, em 17 de novembro de 1903 houve a assinatura do Tratado de Petrópolis, que tinha como um dos compromissos a construção de uma estrada de ferro que ligava os portos de Santo Antônio do Rio Madeira, em Porto Velho, até Guajará-Mirim, no Rio Mamoré. 

Foto: Divulgação/Governo de Rondônia

Na época, Guajará-Mirim ganhou repercussão no exterior por se tornar uma cidade destinada ao escoamento dos produtos bolivianos, onde os direitos sobre tarifas eram recíprocos. O povoamento da região iniciou durante o ciclo da borracha, somada a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e o extrativismo vegetal.  

Com a chegada da Comissão Rondon em 1917, houveram resistências de diversos povos indígenas originários da região que lutavam contra o domínio dos seringueiros. Os indígenas jauis, tupis e hauris estavam incomodados com a presença e exploração da região. Os pacaás-novos, do grupo jaru, foram fortes combatentes contra os extrativistas.

Ainda assim, o distrito foi elevado à categoria de município e comarca sendo desmembrado do município de Santo Antônio do Rio Madeira, tomando o nome de Guajará-Mirim, sendo oficialmente instalado em 10 de abril de 1929. 

Inauguração de trecho da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré em 1912. Foto: Reprodução/6º BIS-Comando Militar da Amazônia
Museu Histórico Municipal de Guajará-Mirim. Foto: Reprodução/ Prefeitura de Guajará-Mirim

Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2021 o município registrou 46.930 habitantes, com a população mestiça variando entre indígenas, descendentes de nordestinos, pernambucanos, alagoanos, cearenses e paraibanos.

A cidade, que é marcada pela ligação com o ciclo da borracha e a Estrada de Ferro, possui um equilíbrio ecológico oferecendo diversas belezas naturais, tornando-se uma cidade turística, com opções de lazer e pesca amadora. 

Na cidade também existe o Museu Histórico Municipal de Guajará-Mirim, localizado no prédio da antiga estação ferroviária de Guajará-Mirim. A estação da cidade era a estação final da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, localizada no quilômetro 366 da ferrovia.

Hotel na Selva Amazônica. Foto: Reprodução/Drone Ariquemes

Turismo 

Com suas atrações naturais, a cidade ficou conhecida como 'Pérola do Mamoré', sendo considerada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) um dos municípios com maior concentração de Unidades de Conservação (UCs) de Rondônia.

As principais reservas ambientais são o Parque Estadual de Guajará-Mirim, Parque Nacional da Serra da Cutia e Parque Nacional de Pacaás. O município conta também com a Caverna dos Pacaás Novos, a Praia da Pedra da Morte e a Praia das Três Bocas. 

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