Conheça os periquitos-de-asa-branca, espécie comum das ‘tardes de Belém’

Com bandos de até 50 indivíduos, a espécie é responsável por um som marcante no céu da capital e da região Norte

Seja no começo da manhã ou no fim da tarde, é possível escutar com clareza os cantos dos periquitos. A espécie nativa Brotogeris versicolurus é a grande responsável pelo som cotidiano para os moradores da capital. Seus bandos contam com até 50 indivíduos e já criaram o costume dos sons da cidade grande.

“Eles são originários das ilhas de Belém. Normalmente visitam as áreas urbanas em busca de alimento ou abrigo. Os bandos que costumam visitar centros urbanos já são adaptados com os barulhos das grandes cidades e não se incomodam” explica Andréa Bezerra, colaboradora do Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Selvagens (CETRAS), na Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), campus Belém. 

Foto: Divulgação

Não existe uma época específica para os periquitos aparecerem mais nos céus da cidade, mas as pessoas os percebem mais em outubro pela presença não só nos céus, mas até nos brinquedos de miriti comuns nessa época do ano. “Eles estão sempre por aqui, mas às vezes estamos mais sensíveis à presença deles durante essa época”, diz.

A espécie também é conhecida como periquito-de-asa-branca por ter penas brancas nas asas, enquanto o resto das penas do corpo são verdes, dificultando a observação quando estão em uma árvore, é frugívora e se alimenta de frutas, flores e sementes. 

Foto: Divulgação

De acordo com a professora, a espécie não possui dimorfismo sexual, isto é, não há distinção entre machos e fêmeas. Além disso, eles são monogâmicos, onde o casal é formado quando o animal atinge a maturidade sexual.

Apesar de barulhentos, são dóceis com humanos, entretanto, é possível ter um risco de transmissão de doenças, principalmente quando são de origem clandestina.

“Como toda espécie selvagem, pode transmitir zoonoses quando sua convivência é muito próxima à do homem, principalmente quando são provenientes de tráfico e criados em cativeiro de forma clandestina”, explica a professora.

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