O arqueólogo indicou que para chegar a esta conclusão foram realizados estudos radiográficos que permitiram conhecer o seu interior.
Após exaustiva perícia, realizada por especialistas do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses do Ministério Público no Peru, foi descartada a possibilidade de duas peças com aparência de “múmias humanóides“, apreendidas no ano passado no aeroporto internacional Jorge Chávez, serem reais.
Os resultados do relatório pericial detalhado foram apresentados no dia 12 pelo Ministério da Cultura, através da Direção de Recuperação, em conjunto com especialistas da equipa do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses do Ministério Público que esteve a cargo da investigação.
Flavio Estrada, arqueólogo forense do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses de Lima, explicou detalhadamente que ambas as peças, marcadas na perícia como indivíduos 1 e 2, foram acondicionadas e ” vestidas de maneira artesanal com a intenção de enganar o aparência real destes elementos”.
O arqueólogo indicou que para chegar a esta conclusão foram realizados estudos radiográficos que permitiram conhecer o seu interior. “O indivíduo 2 está intacto. Não tiramos a roupa dele, pois não havia necessidade. Rapidamente percebemos que o crânio era de um mamífero quadrúpede deste planeta, e que o corpo era formado por ossos de um pássaro”, disse.
“Ou seja, eles construíram um boneco com essa aparência antropomórfica. E parece que eles têm esse hábito de colocar essas plaquinhas de metal no peito e no abdômen para mostrar que são elementos perturbadores ou anômalos. Não têm nada a ver com a história da nossa cultura pré-hispânica”, observou, ao se referir às duas peças, que foram apreendidas no dia 22 de setembro nos escritórios da DHL no aeroporto internacional Jorge Chávez e tinham como destino o México.
A apresentação do relatório aconteceu no auditório do Museu Nacional de Arqueologia, Antropologia e História do Peru (MNAAH).
