Vazio sanitário: Saiba a importância deste sistema para os produtores rurais da Amazônia

O período de proibição de plantio e manutenção das plantas de soja vivas começou, este ano, no dia 15 de junho, com o fim nesta sexta-feira (15)

Com o fim do vazio sanitário da soja, nesta sexta-feira (15), produtores do Amazonas se preparam para retomar as plantações. O período de proibição de plantio e manutenção das plantas de soja vivas começou, este ano, no dia 15 de junho, por definição do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para proteger as plantações da doença conhecida como Ferrugem Asiática.

A medida é fundamental para o controle do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da Ferrugem Asiática, uma das doenças mais severas a incidir na cultura da soja e passível de ocorrer em qualquer estágio da planta.

Foto: Arquivo pessoal/Alexandre Luiz Ferronatto

A doença tem como principal característica a desfolha precoce, o que impede a completa formação dos grãos e, consequentemente, reduz a produtividade. No Amazonas, não há registro de focos. De acordo com o Mapa, a Ferrugem Asiática é considerada uma das doenças mais severas que incidem na cultura da soja, podendo ocorrer em qualquer estádio fenológico. Nas regiões onde a praga foi relatada em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção.

A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) ressalta que, para manter o Estado sem o fungo, é fundamental contar com a colaboração dos agricultores, especialmente nos municípios onde, graças aos incentivos do Governo do Estado, a produção de soja vem ganhando ainda mais espaço, como é o caso de Humaitá, Boca do Acre e Canutama (a 590, 1.028 e 619 quilômetros de Manaus, respectivamente).

Este ano, em todo o país, o calendário de semeadura terá duração de 100 dias. No Amazonas, começará em 16 de setembro e vai até 24 de dezembro, segundo portaria do Mapa. O calendário de semeadura é uma medida complementar ao vazio sanitário da soja para reduzir ao máximo o inóculo da Ferrugem Asiática, que visa à racionalização do uso de fungicidas e à redução dos riscos de desenvolvimento de resistência do fungo às substâncias utilizadas em seu controle. 

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