Quem nunca andou pela ruas e observou um Fusca? Presente na história automobilística brasileira e de grande parte da população, Volkswagen Sedan, como era oficialmente chamado, foi oficialmente nacionalizado em 1959, quando iniciou a produção do modelo no País.
A produção parou em 1996 e no Amazonas, desde 2003, existem eventos organizados para reunir amantes de carros antigos e entusiastas no assunto. No Dia Nacional do Fusca, comemorado em 20 de janeiro, o Portal Amazônia relembra a trajetória do carro que por muitos anos foi o queridinho do brasileiro. Confira:
Início da Fabricação
A fotografia abaixo é um dos registros bastante famosos e associado ao início da produção do Fusca no Brasil. Contudo, um historiador especializado no modelo, Alexander Gromow, explica que ela é anterior à nacionalização e que não existem registros fotográficos desse fato no País.
No modelo da foto, as janelas traseiras ainda possuem um formato oval. Quando iniciou a produção brasileira, em 1959, a mesma já havia sido aumentada para um formato mais retangular, assim auxiliando a visibilidade do motorista. Além disso, o modelo preto, da foto, ainda não era disponível nos primeiros anos de fabricação.
Líder no mercado
Por 23 anos, o Fusca permaneceu intacto na primeira posição no ranking de carro mais vendido no Brasil. O modelo assumiu a posição em 1959 e se manteve em primeiro até o ano de 1982.
Cinco anos depois, a Volkswagen voltaria a assumir o primeiro lugar, mas com o Gol. No Amazonas, a popularidade do Fusca ficou registrada em fotos da época. Nas ruas de Manaus, grande parte dos carros, incluindo táxis, eram Fuscas.
Primeiro carro nacional com teto solar
Em 1965, o Fusca foi o primeiro modelo de carro nacional a ganhar o teto solar. Na época, a escotilha, que funciona como a borda do teto solar, era feita de chapa, e não de vidro como atualmente, e tinha acionamento manual.
Confiante com a nova proposta, que também estava relacionada ao clima tropical do Brasil, a ideia fracassou. O modelo passou a ser chamado de “Cornowagen”, pois espalhou-se o boato de que a abertura do teto era ideal para chifres de alguém traído.
As vendas despencaram e demorou até os anos 80 para que o teto solar fosse um item comum no País.
Fim da produção
Nos anos 80, as vendas do Fusca começaram a cair e em 1986 a produção chegou ao fim. Para marcar o fim da produção do modelo, foi lançada uma edição especial, batizada de Última Série. Porém, em 1993, o Fusca voltou a ser produzido. Mas o retorno não durou muito. Em 1996, o modelo voltou a sair de linha.
Fusca Clube Manaus
A produção parou, mas a paixão que reúne colecionadores e entusiastas não. Em Manaus (AM), desde o início dos anos 2000, existem grupos organizados que realizam exposições de Fuscas e outros carros antigos. Em dezembro de 2021, o Fusca Clube Manaus realizou a 6ª edição do ‘Encontro de Fuscas e Carros Antigos’, que conta com a exibição de aproximadamente 200 carros. Quem visita a exposição pode tirar fotos com os modelos.
O presidente do clube, Climário Cabral Filho, explica como surgiu o movimento: “A gente realiza esse tipo de evento desde 2003, na fundação do primeiro Clube do Fusca do Amazonas, 2004 com a fundação do Clube do Opala, e na sequência a fundação do Clube do Carro Antigo do Amazonas“, conta. Além do Fusca, existem modelos como o Corcel, Opala e Brasília nas exposições.