De volta ao passado: Museu de Manaus resgata história da capital Amazonense

O Museu surgiu da necessidade de abrigar de forma sistematizada a memória da construção da cidade de Manaus

O Museu da Cidade de Manaus, localizado no Paço da Liberdade, no Centro Histórico, durante décadas foi usado como sede do governo municipal. Com o tempo tornou-se a casa que conta a história do povo manauara. Reunindo beleza arquitetônica, exposições tecnológicas, peças arqueológicas e artigos regionais, o espaço foi inaugurado no aniversário da cidade, em outubro de 2018.

Foto: Divulgação

Atualmente, o museu tem oito salas de visitação que retratam a vida cotidiana, a identidade e a cultura de gerações passadas, por meio de exposições de longa e curta duração. Utiliza a interatividade para contar a história da cidade de Manaus a partir de textos, sons e imagens, com caráter educativo, lúdico e dinâmico e atraindo a atenção, o olhar e a sensibilidade até dos visitantes mais novos. 


História

O Museu da Cidade foi criado pelo Prefeito João de Mendonça Furtado, através da lei n° 1.616, de 17 de junho de 1982, na estrutura da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, com localização no prédio s/n° na Rua da Instalação, mas o Museu nunca funcionou nesta localidade e sequer foi inaugurado. Mais de 20 anos depois, em 2005, o projeto do Museu da Cidade foi retomado, passando agora a ter como abrigo o Paço da Liberdade, antiga sede da Prefeitura de Manaus.

Inicialmente chamado de Museu Histórico da Cidade de Manaus (MUHMA), a ideia partiu da necessidade de abrigar de forma sistematizada a memória da construção da cidade de Manaus, com ampliação da importância cívica desse primeiro palácio da cidade, construído há mais de 120 anos para abrigar o poder público municipal. Trata-se de um dos poucos prédios no Brasil construído especialmente para esta função.

O Museu da Cidade pode ser considerado a “casa que conta a sua história”, a história da cidade, demonstrando às gerações atuais e vindouras os testemunhos materiais e imateriais que retratam a vida cotidiana, as identidades e as culturas das gerações atuais e as anteriores através de exposições de longa e curta duração, as quais devem possuirum caráter educativo, lúdico, dinâmico, com salas interativas, utilizando-se de recursos tecnológicos para contar a história da cidade de Manaus a partir de imagens, textos e sons.

Foto: Divulgação

Exposições

A visitação pode começar pela sala “Afluentes do Tempo”, que projeta imagens a partir de um reflexo na água, que fica represada em uma espécie de bacia em formato de rio. Aqui é detalhada a origem da cidade. No espaço “Casas-Cabeças”, casas de diferentes habitantes da cidade são apresentadas em fotos em um painel touch screen. Já no “Banhos de Origens” é possível vivenciar o depoimento de pessoas de outras nacionalidades que vieram morar em Manaus.

No Salão Nobre fica a “Sala dos Prefeitos”, que mostra nomes, fotos e períodos de gestão de todos os prefeitos de Manaus. O ambiente tem mobiliário de estilo manuelino, muito usado nos anos 1910 em Manaus, que compunham o gabinete do prefeito. Belíssimas molduras em relevo circundam os retratos dos prefeitos que estiveram à frente do Poder Executivo. No teto, um trabalho impressionante de relevo do escudo que simboliza a Prefeitura de Manaus e da vitória-régia, símbolo da flora amazônica.

Na sala “Anéis de Crescimento” há uma projeção de informações sobre Manaus em dois pedaços de troncos. O museu traz, ainda, o espaço “Rios Voadores“, que mostra a evaporação da água e o ciclo das chuvas na capital em quatro globos.

Outro espaço relevante é a Sala de Arqueologia, onde se pode observar de cima de um piso de vidro resistente, com iluminação especial, fragmentos arqueológicos e uma urna funerária encontrada durante as obras realizadas no local. A urna, estimada com datas entre 2 e 7 mil anos, é um exemplar de como os povos nativos pré-colombianos enterravam seus mortos e prova concreta do passado indígena de Manaus.

O local abriga a Coleção Thiago de Mello, composta por 30 quadros doados pelo poeta amazonense, entre os quais obras do espanhol Juan Miró e do chileno Roger Bru. Um painel com 2 metros de altura e cerca de 3 metros de largura traz trechos de obras do poeta, como o famoso “Os Estatutos do Homem”, lido na promulgação da Constituição de 1988.

Para finalizar, a sala “Mercado”, com a exposição de iguarias, alimentos e objetos regionais que os feirantes vendiam nas feiras de Manaus.

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