Brasil, Suriname e Guiana Francesa compartilham dados de ecossistemas fronteiriços em plataforma digital

Pesquisadores do mundo inteiro podem acessar documentos e informações sobre a biodiversidade dos rios Oiapoque e Maroni, que separam os países.

Para facilitar o acesso a documentos e informações técnicas, uma cooperação entre Brasil, Guiana Francesa e Suriname lançou a plataforma Bio-Plateaux na qual é possível encontrar dados sobre a biodiversidade de rios e ecossistemas localizados nas fronteiras dos três países.

Através da ferramenta, cientistas e mobilizadores do mundo inteiro podem pesquisar sobre as águas do Rio Oiapoque, na fronteira entre Amapá e a Guiana Francesa; e Rio do Maroni, que separa a Guiana Francesa do Suriname.

Rio Oiapoque, na fronteira Brasil-Guiana Francesa — Foto: Cássio Vasconcellos

A plataforma em língua portuguesa, inglesa e francesa é alimentada pelos três países envolvidos. No Brasil, a iniciativa é do Governo do Amapá e busca incentivar pesquisas voltadas para a biodiversidade nas fronteiras, assim como viabilizar a transparência para decisões que envolvam questões ambientais no local.

Para acessá-la basta escolher um dos idiomas disponíveis e realizar buscas por documentos, dados, informações, e agenda de eventos. A plataforma possui ainda uma área de ‘feedback’ para envio de mensagens contendo perguntas e sugestões.

Ilustração da plataforma aponta os rios Oiapoque e Maroni nas Fronteiras do Suriname, Guiana Francesa e Amapá — Foto: Reprodução 

Ilustração da plataforma aponta os rios Oiapoque e Maroni nas Fronteiras do Suriname, Guiana Francesa e Amapá — Foto: Reprodução

A Bio-Plateaux é co-financiada pela Comissão Europeia, Ministério da Transição Ecológica e Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES). O projeto conta ainda com grupos técnicos de trabalho para fomentar discursões voltadas para as regiões entre os três países.

Segundo o governo do Amapá, a cooperação pode resultar na criação de um observatório com objetivo de oferecer suporte aos debates sobre a proteção dos rios nos modelos fronteiriços.

O Governador Waldez Góes (PDT) orientou que os amapaenses podem aproveitar a plataforma para obter novos conhecimentos sobre a biodiversidade da região em que habitam.

“Nós temos nessa área populações como indígenas, ribeirinhos e extrativistas. Essas pessoas precisam cada vez mais desses conhecimentos para associar ao desenvolvimento sustentável e à responsabilidade social”, destacou.

O Amapá é o mediador das relações internacionais e coordena o projeto em parceria com o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas (Iepa), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Defesa Civil, Universidade Federal do Amapá e Agência Nacional das Águas (ANA).

Por Núbia Pacheco, G1 AP — Macapá 

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

1° do Norte: autor amapaense Gian Danton recebe principal título dos quadrinhos no país

Com mais de 30 anos de carreira, Gian Danton consolida posição de Mestre do Quadrinho Nacional entre os principais nomes do país. Título é considerado o mais importante do Prêmio Angelo Agostini.

Leia também

Publicidade