Aleam propõe que aumento de energia no Amazonas seja adiado

Sinésio relatou que os índices de reajustes sugeridos pela Aneel foram calculados no processo de Revisão Tarifária Extraordinária (RTE) da companhia Amazonas Energia, em substituição ao reajuste tarifário anual da empresa.

O deputado estadual Sinésio Campos, voltou a se manifestar contrário ao aumento de energia durante a Sessão Híbrida da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). O parlamentar apresentou requerimento cobrando que seja adiado o prazo de aumento de energia que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), está propondo na ordem de 8,5% nas tarifas da Amazonas Energia. Sinésio relatou que os índices de reajustes sugeridos pela Aneel foram calculados no processo de Revisão Tarifária Extraordinária (RTE) da companhia Amazonas Energia, em substituição ao reajuste tarifário anual da empresa.

 Prejuízo dos apagões

Campos mencionou que uma cidade como as dimensões de Manaus não deveria ficar mais sujeita a apagões ou quando esses ocorrem devem ser tratados como ocorrência grave, questionando também que só no mês de setembro a Capital sofreu 3 apagões.

“Enfrentamos constantes interrupções no fornecimento de energia, tanto na Capital quanto nos municípios. Além de quedas de tensão, apagões e manutenção precária nas redes de distribuição. São muitos os prejuízos provocados pela interrupção no fornecimento de energia elétrica, seja no nível familiar ou de negócios que dependem de energia para funcionar. Constantemente recebemos denúncias da população principalmente no São José onde moro há mais de 30 anos relatando os prejuízos como a queima de vários equipamentos eletrônicos”, disparou Sinésio.

Foto: Arte/ Divulgação

Energia mais cara do País

O deputado também anunciou que se aprovado o reajuste o Amazonas terá a energia mais cara do País e que em meio à pandemia do Covid-19, quando tantos brasileiros perderam empregos e fontes de renda será uma irresponsabilidade da Aneel, que sem nenhum constrangimento vem propor aumento de 8,5%.

“Se aprovado, o índice deve vigorar a partir de 1º de novembro, o que tornará a tarifa mais cara do país. Para os consumidores conectados à alta tensão (indústria) o índice será de 8,90% e para a baixa tensão (cliente residencial) 8,32%”.

Segundo ele, o acesso à energia elétrica deve ser categorizado como direito social, legal e constitucional, pode ser de fundamental importância para a garantia da dignidade humana, possibilitando o uso e acesso de qualidade dos diversos bens e serviços que dependem de fontes elétricas.

“Com o intuito de contribuir com o atendimento desta importante reivindicação da população amazonense, apresentamos este requerimento cobrando adiamento do prazo de aumento de energia. É importante à sociedade civil organizada se manifestar contra esse aumento abusivo na conta de energia elétrica principalmente neste período de pandemia em que várias pessoas perderam emprego e renda”, relatou o parlamentar.

Como exemplo de descaso no fornecimento de energia, Sinésio Campos lamentou o falecimento do casal Maria Lessa Laranjeira de Azevedo, de 36 anos, e Francisco Wilson Rodrigues de Azevedo, de 40 anos, após um fio de alta tensão cair sobre a rede de energia da casa onde eles moravam, no Km 9 do Ramal Pau Rosa, Zona Rural de Manaus, na madrugada de domingo (20), onde toda a rede de energia da casa ficou danificada. Em seu pronunciamento também mostrou fotos da rede elétrica totalmente tomada por vegetação do ramal ZF 7-B, localizado no município de Rio Preto da Eva.

“Estivemos no município de Rio Preto da Eva constatando o descaso na manutenção da rede nos municípios, acidentes que levam pessoas a óbito. Não podemos permitir um aumento quando a empresa não cumpre com o fornecimento de uma energia segura para a população. Como querem propor aumentar o preço?”, indagou Campos. 

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