Série Glocal Amazônia 2025: Jandr Reis acredita que arte pode mudar olhar sobre futuro da Amazônia

Glocal Amazônia em Manaus (AM)

Natural de Óbidos (PA), mas é radicado no Amazonas. Com uma carreira que já soma três décadas e muitas artes espalhadas pelo mundo mostrando detalhes da Amazônia sob seu olhar. Jandr Reis é formado em Comunicação Digital Design e Multimídia na Universidade Paulista (UNIP) e pós-graduado em Museologia na Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

Jandr é reconhecido como uma voz forte e potente no cenário das artes visuais contemporâneas no Brasil, com um trabalho que reflete a Amazônia de uma forma enérgica e única.

Por sua trajetória levando aquilo que não se vê da região ao mundo, Reis foi um dos convidados da Glocal Amazônia 2025 em Manaus (AM). Ele participou no segundo dia, em 29 de agosto, cujo tema era “Escolas e Universidades”. Mesmo tímido, mostrou como sua experiência o tem feito revelar a Amazônia e a fazer ser, cada vez mais, visível.

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Painel ‘Da Amazônia para o Mundo – Arte e Cultura como Potência Global’ foi formado por Adanilo, Isabelle Nogueira, Robério Braga e Jandr Reis. Foto: Rebeca Almeida/Portal Amazônia

Neste contexto, a participação de Jandr Reis foi imprescindível para o público conseguir ter uma dimensão maior sobre o que a a arte produzida na região é capaz de fazer. Ele foi um dos destaques do painel ‘Da Amazônia para o Mundo – Arte e Cultura como Potência Global’.

“Toda a minha arte tem um engajamento e eu uso como ferramenta para a preservação da Amazônia. Como as flores, da minha série ‘Orquidário’. Tem o ‘Jaraquiarte’, em que eu uso os peixes amazônicos, tipo o Jaraqui, que é o nosso peixe muito conhecido aqui, que o manauara gosta bastante. Eu trabalho muito com a fauna e a flora amazônicas”, explica.

Mas muito além do que muitos poderiam considerar óbvio, Jandr também explica que esses elementos podem estar cercados também do que considera “um grito de alerta para que não joguem lixo nos nossos rios e igarapés”.

Isso porque Jandr coloca em sua arte um apelo voltado para a preservação da Amazônia, além, claro, de participar de eventos como a Glocal, onde pode levar sua voz para destacar a necessidade de um futuro sustentável em que não se perca a identidade, a fauna e flora amazônicas.

“Eu acho de grande importância participar da Glocal, que dá voz, que abre esse espaço para a gente incentivar as pessoas para terem consciência do meio ambiente, para não poluir o nosso planeta. É como um papel de educador, né?”, frisou.

Foto: Clarissa Bacellar/Portal Amazônia

Legado da Glocal para a arte

Na visão do artista, o legado da Glocal é para todos os setores sociais. “É sempre muito bom para os artistas locais e para a população em geral [ter eventos como a Glocal]. Eu acho que é um espaço que dá trabalho para as pessoas do Amazonas. Incentiva à arte cada vez mais, incentiva as pessoas à produzirem e dá reconhecimento a esses artistas. Eu me sinto muito honrado em fazer parte da Glocal”, comentou.

“Isso aqui deixa um legado para os artistas que é muito bom. O reconhecimento dos artistas. Por exemplo, quando eu fui para o Rio [de Janeiro], eu saí na imprensa, na mídia de lá, e isso faz com que o artista ganhe reconhecimento nacional. Então eu acho que só é o grande ganho para os artistas amazonenses e para o público geral de Manaus”, celebrou.

Foto: Thay Araújo

Para Jandr Reis, os debates da Glocal são necessários para se repensar o futuro. “É reconhecimento. É futuro e reconhecimento, com responsabilidade sobre a biodiversidade amazônica”.

Glocal Experience Amazônia 2025

A Glocal Experience Amazônia 2025 é idealizada e operada por DreamFactory, com realização da Fundação Rede Amazônica e tem o apoio de Bono Conta, Clube POP, Amazônica Net, Águas de Manaus, Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e Governo do Amazonas.

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