O engenheiro agrônomo Antônio Roberto Ferreira da Silva. Foto: Acervo da família
O Governo do Amapá promove a 54ª Expofeira em sua tradicional locação, o Parque de Exposições da Fazendinha, na Zona Sul de Macapá. Cenário de evento desde os primórdios, seu nome oficial é ‘Parque de Exposições Engenheiro Agrônomo Antônio Roberto Ferreira da Silva’, uma homenagem para uma figura que marcou a história da agronomia no estado.
Antônio Roberto Ferreira da Silva nasceu no município de Amapá em 1945, de onde saiu em busca da sua formação. Se formou engenheiro agrônomo pela Faculdade de Ciências Agrárias do Pará, instituição que frequentou de 1971 a 1974. Retornou ao estado, na época Território Federal do Amapá, no qual fez história como pioneiro na sua profissão.
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Como servidor público atuou pela Prefeitura de Macapá, pelo território e pela Aster Amapá, órgão que antecedeu o Instituto Estadual de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap). Foi um dos primeiros pesquisadores e colaboradores da Embrapa no estado, além de ter sido contratado para desenvolver o Projeto Rondon na região, na época do Ministério do Interior. Junto de seu conterrâneo Iraçu Colares, fundou em 1977 a Associação dos Engenheiros Agrônomos do Amapá.
Uma perda prematura
A perda de Roberto ainda jovem, aos 36 anos de idade, abalou profundamente todos que o conheciam, porém, ele jamais foi esquecido. A proposta de homenagear Roberto veio do coração de um amigo de longa data, colega de profissão e compadre.
Dois anos após o falecimento do amigo, Iraçu Colares atuava como Secretário da Agricultura em 1983, na gestão do governador Comandante Aníbal Barcellos. Em consenso à comunidade, solicitou a mudança do nome do Parque de Exposições, que passou a carregar o nome de Roberto naquele mesmo ano.
Iraçu, que atualmente é presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amapá (Faeap) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional do Amapá (Senar-AR/AP), afirma que Roberto era mais que um profissional, mas alguém que conquistou o carinho e o respeito de todos ao seu redor.
“Roberto e eu nos conhecemos lá atrás, no município de Amapá, depois fizemos o mesmo curso ao mesmo tempo, no Pará. Em 1974, quando ele voltou para trabalhar em Macapá, foi um reencontro e a nossa relação só foi se fortalecendo. Quando ele se foi tão cedo houve uma comoção geral, porque ele era muito conhecido, muito querido, brincalhão, afável com as pessoas. Isso levou a ideia de a gente colocar o nome dele no Parque de Exposições, um ponto tão importante para a agricultura do estado, que ele tanto contribuiu em vida”, compartilhou Iraçu.

O legado de Antônio
“Antônio Roberto tinha uma habilidade ímpar em lidar com as pessoas. Sua educação e sua simpatia eram notáveis. Ele conseguia transformar qualquer conversa, por mais difícil que fosse, em algo leve e agradável”, relembrou com carinho Iraçu Colares.
A amizade, o profissionalismo e a empatia são elementos que, juntos, compõem o retrato de um homem que fez história e deixou um legado de amor para a esposa Francisca Goés e os filhos Franck Roberto, Keity Uana e Fred José.
Os filhos de Antônio Roberto enxergam a homenagem como um gesto de grande carinho e respeito, que trouxe conforto para a família e reafirmou a importância da memória do pai para a agronomia do estado.
“Nosso pai nos deixou uma herança de valores, caráter e exemplos. Sua dedicação como um dos pesquisadores pioneiros daqui continua a inspirar até os dias atuais. Ter esse reconhecimento é também reafirmar que sua presença se mantém entre nós através do que construiu”, compartilhou Fred José.
Expofeira na Rede
A Expofeira na Rede tem o objetivo de valorizar e ampliar o impacto social, cultural, econômico e turístico da tradicional ExpoFeira do Amapá. É uma realização da Fundação Rede Amazônica (FRAM), com apoio do Grupo Equatorial, Tratalyx e Governo do Amapá.
