Echos da Amazônia: A importância da capacitação na hora de empreender

A cidade de Itapiranga (AM), distante a 350 km de Manaus, tem visto um crescimento significativo no empreendedorismo feminino, graças ao projeto “Elas Empreendedora” que visa capacitar mulheres empreendedoras, proporcionando-lhes oportunidades de crescimento econômico e social.  

“O projeto nasceu na pandemia com um grupo de mulheres fazendo máscaras para conseguir uma renda e quando passou a pandemia, nós vimos uma necessidade de ter uma associação para ajudar essas mulheres em vulnerabilidade social.”, destacou Marcilene Carvalho, presidente de associação.

O projeto abrange ainda temáticas paralelas, como empoderamento feminino, violência contra mulher e diversidade. O “Elas Empreendedora” recebe o apoio integral da comunidade e de entidades privadas com auxílio para a capacitação, desde o início do projeto, mais de 100 mulheres já foram capacitadas por meio da associação.

“Investimos em mulheres ampliando seu acesso a oportunidade de treinamento e trabalho, promovendo maior inclusão financeira e fomentando o desenvolvimento das líderes do amanhã. Ao desmantelar barreiras à participação e ao avanço das mulheres, destravamos todo o potencial do seu capital humano, impulsionando a inovação, a produtividade e a competitividade. Quando mulheres são economicamente capacitadas, investem mais nas suas famílias e comunidades, levando a uma melhor saúde, educação e bem-estar geral”, destacou, explica Flavia Heller, diretora executiva de Estratégia e ESG da Eneva.

 As mulheres estão à frente de 34,4% dos negócios do país. São 10,3 milhões de empreendedoras, segundo a pesquisa Empreendedorismo Feminino no Brasil (2022), realizada pelo Sebrae. Em Itapiranga, as participantes são incentivadas a explorar setores diversos, desde artesanato e gastronomia até costura. Os resultados já são visíveis: diversas empreendedoras de Itapiranga têm relatado um aumento significativo na renda familiar, além de uma maior autonomia e protagonismo na tomada de decisões dentro de suas comunidades.

“A associação foi uma coisa muito boa pra mim e depois que entrei pra cá foi muito incrível pois tenho a oportunidade de costurar e ganhar uma renda extra, além de ser uma terapia, fico feliz em poder criar pijamas e criar roupas em geral.”, destacou Eliane Maria, costureira.

Além do suporte técnico, o projeto oferece mentoria contínua e acesso a redes de contatos, fundamentais para o crescimento e a consolidação dos novos negócios. Com um olhar voltado para o fortalecimento econômico e social, iniciativas como essa não apenas empoderam individualmente, mas também contribuem para o desenvolvimento sustentável e a valorização das riquezas culturais da Amazônia brasileira.

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