Pesquisa de campo sobre transição nutricional de população indígena urbana resulta em livro

Segundo o pesquisador Marcelo Rocha Radicchi, o livro traz uma contextualização histórica, sociocultural e geográfica dos Sateré-Mawé em Parintins, no Amazonas.

Vista aérea da cidade de Parintins, no Amazonas. Foto: Lucas Silva/Amazonastur

Professor do curso de Educação Física da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) no município de Parintins (AM), o pesquisador Marcelo Rocha Radicchi lançou o livro ‘Os Sateré-Mawé na cidade: Transição nutricional (excesso de peso e inatividade física) em uma população indígena urbana em Parintins, Amazonas’, resultado de uma pesquisa de campo.

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O estudo iniciou por meio de projeto de pós-graduação desenvolvido com apoio do Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), no âmbito do Programa de Apoio à Formação de Recursos Humanos Pós-graduados para o Interior do Estado do Amazonas – RH-Interiorização.

Os dados da publicação têm como base a coleta feita durante a pesquisa de campo para o trabalho de doutorado em Epidemiologia em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/Rio de Janeiro).

Conteúdo do livro foi apresentado aos indígenas

Segundo o pesquisador, o livro traz uma contextualização histórica, sociocultural e geográfica dos Sateré-Mawé em Parintins. A publicação reúne informações sobre aspectos socioeconômicos, demográficos, étnicos e de saúde. O pesquisador apurou informações referentes ao nível de atividade física, perfil nutricional e a presença de doenças como a hipertensão.

imagem colorida mostra a capa do livro sobre transição nutricional indígena em parintins
Foto: Marcelo Rocha Radicchi/Acervo pessoal

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O conteúdo do livro foi compartilhado com os participantes da pesquisa em apresentação pública na presença de lideranças indígenas Sateré-Mawé. O objetivo é que a obra ofereça informações contextualizadas e, assim, promova a inclusão a partir da visibilidade estatística e demográfica desta população.

“Ainda há uma visão estereotipada de que o indígena é somente aquele que está em área rural, na floresta, o que impede que o indígena que reside em áreas urbanas seja considerado nas diversas políticas públicas, dentre elas a política pública de saúde”, explicou Marcelo Radicchi.

O livro está disponível gratuitamente no link a seguir: https://sl1nk.com/reDCX

*Com informações da Fapeam

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