Criada em janeiro de 1909, a Ufam foi homenageada pelos seus 110 anos em sessão solene realizada no Senado Federal, contabilizando, entre inúmeros avanços, a marca de mais de 1.000 professores com título de doutorado integrantes do quadro ativo permanente, além dos 476 mestres, 116 especialistas e 32 graduados (bacharéis). Junto a estudantes e técnico-administrativos, a comunidade acadêmica da Ufam é composta por mais de 30 mil pessoas.
Maior fragmento florestal em área urbana do País, eminentemente responsável pela formação de gerações de profissionais atuantes nos mais diversos segmentos e esferas organizacionais, a Ufam também tem progredido em diversas frentes, a exemplo de sua política de interiorização dos campi, do ensino a distância, de sua política de inovação tecnológica e das sucessivas ações de extensão comunitária, cada vez mais próximas ao cidadão.
Em seu pronunciamento, o reitor da Universidade, professor Sylvio Puga, mencionou o resultado das mais recentes avaliações da Instituição. “Obtivemos nota 4 no máximo de 5, no Recredenciamento Institucional do conceito Inep/MEC, o que nos coloca num seleto grupo de Universidade Federais. Também tivemos a mesma avaliação, nota 4, para nosso Ensino a Distância (EaD) além de alcançarmos o milésimo doutor na instituição, que para nós, tem reflexo direto no aperfeiçoamento do nosso ensino e da nossa produção científica”, enfatizou.
Ainda durante seu pronunciamento aos parlamentares, o reitor mencionou o compromisso da bancada federal com a Universidade ao passo da liberação de recursos por meio de emendas parlamentares que atendem a projetos de relevância da Ufam. “Essa colaboração é importante porque representa também o compromisso com o Estado, com a região; e nós estamos alinhados pelo mesmo propósito”, salientou.
Autor do requerimento, Braga se formou na primeira turma de engenheiros eletricistas da Universidade. Naquela época, lembrou, ela ainda era chamada UA. Na sessão de homenagem, ele destacou além de Manaus, as Unidades Acadêmicas de Benjamin Constant, Coari, Humaitá, Itacoatiara e Parintins são “espaços de aprendizado em seu mais amplo significado, das técnicas mais básicas até as mais sofisticadas na busca de conciliar a floresta e o desenvolvimento socioeconômico”.
“A Ufam ensina como aliar desenvolvimento e conservação ambiental”, afirmou o senador sobre a Instituição que conquistou quatro dos cinco pontos possíveis na avaliação de qualidade do Ministério da Educação (MEC).
Futuro
O deputado Marcelo Ramos (PL-AM), também graduado em Direito pela Ufam, ressaltou que, embora políticas de incentivo fiscal – como a da Zona Franca – sejam fundamentais hoje, o futuro do Amazonas está na universidade, no desenvolvimento de bioindústria, fitoterápicos, dermocosméticos, concentrados de frutas e da indústria de tecnologia de software e de biotecnologia. “Toda solução para desemprego e desigualdade social deve necessariamente passar pelo fortalecimento da universidade”, completou Ramos.
O deputado Hiran Gonçalves (PP-RR), nascido no estado do Amazonas e formado em Medicina pela Ufam, fez questão de fazer uso da palavra e acrescentou o turismo ao rol de áreas em que a universidade e a floresta têm potencial para desenvolvimento sustentável.
Já o deputado José Ricardo (PT-AM) mencionou os cortes de verba para a pesquisa universitária. Para ele, em tempos de crise, a educação deve ser reforçada, e não o contrário. O presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Anderson Correia, frisou que o descontingenciamento da educação já está em curso e que a Amazônia é uma das áreas prioritárias de investimento da fundação, atualmente financiadora de cerca de 500 bolsas de pesquisadores da Ufam.
Na sessão, o deputado Delegado Pablo (PSL-AM), formado em Direito pela Ufam, destacou a importância das emendas ao Orçamento destinadas para a educação superior e para a pesquisa.