Pesquisadores da UEPA vão realizar 27 mil testes de Covid-19 para medir a expansão da pandemia no Pará

A pesquisa será aplicada em 52 municípios paraenses, onde serão desenvolvidos inquéritos epidemiológicos, tanto na zona rural quanto na urbana.

Identificar o quantitativo de pessoas infectadas ou não pelo novo Coronavírus, além de medir a expansão da pandemia em Belém e municípios do interior. Esses são os objetivos de uma pesquisa epidemiológica que o governo do Pará começa a realizar, nesta terça-feira (30), nas oito regiões de regulação do Pará.

Teste rápido covid-19. (Foto:Divulgação)

Segundo Maitê Gadelha, diretora técnica da Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), serão utilizados testes rápidos, por meio da furada de dedo. “Dentre os principais objetivos estão, justamente, o de identificar esse número de pacientes que já foram infectados e ver essa previsão epidemiológica da doença no Pará como um todo”, destacou.

O projeto será coordenado por técnicos da Sespa, professores da Universidade do Estado do Pará (Uepa) e pesquisadores do Instituto Acertar, que é uma instituição da Região Norte especializada em pesquisas quantitativas e qualitativas.

Os resultados do estudo ‘Evolução da Prevalência de Infecção por Covid-19’ vão subsidiar o planejamento, assim como a implementação de políticas públicas eficientes para o enfrentamento da doença em todas as regiões paraenses.

Quantitativo

A pesquisa será aplicada em 52 municípios paraenses, escolhidos conforme setores censitários do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em todas as cidades, serão desenvolvidos inquéritos epidemiológicos, tanto na zona rural quanto na urbana.

O levantamento será dividido em duas etapas: a primeira será a aplicação de questionários de múltipla escolha, para identificar o perfil demográfico e socioeconômico da população, assim como a presença ou não de sintomas da doença, a relação com a pandemia e com as medidas de proteção contra o vírus; a segunda será a testagem aleatória para a Covid-19, chamada de ‘Teste do IGG’, a qual inicia já nesta terça-feira (30), em Belém e Ananindeua, ambos da Região Metropolitana de Belém.

Na próxima semana, a partir do dia 6 de julho, a testagem segue para os outros 50 municípios. Após 20 dias, em média, a mesma metodologia é repetida nas localidades.

“Com isso, conseguimos medir a prevalência e a velocidade da expansão da pandemia, ajudando os órgãos a se planejarem. A ideia, inicialmente, é testar 27 mil pessoas aproximadamente”, informou Clay Anderson Chagas, professor da Uepa.

A expectativa é que sejam abordadas pessoas de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 16 anos, residentes nos domicílios de abrangência do estudo. A pesquisa utilizará os testes rápidos como base, os quais emitem resultados após 15 ou 20 minutos e indicam se a pessoa tem ou não os anticorpos do novo coronavírus. Segundo o professor da Uepa, as equipes devem ficar de 4 a 5 dias em cada região.

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