Nove alunos da região Norte disputam final da Olimpíada de Língua Portuguesa 2019

Contribuir para a melhoria do ensino e aprendizagem da leitura e escrita nas escolas públicas de todo o país, por meio de ações de mobilização para a formação de professores de língua portuguesa, esse é o objetivo do Programa Escrevendo o Futuro, que, desde 2008, realiza a Olimpíada da Língua Portuguesa premiando os melhores na produção de textos em todo o Brasil.

Finalistas do Acre, Amapá e Amazonas  | Foto: Divulgação/Acervo Pessoal

Neste ano, a 6ª edição da Olimpíada trouxe como tema “O lugar onde vivo”, reforçando  a  valorização  da  interação  de  crianças  e  jovens  com  seu  território. Entre as categorias: Poemas, Memórias literárias, Crônicas, Artigos de Opinião e Documentários. Participaram alunos do 5º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio. Os professores também concorrem com Relatos de Prática, que reconhece as melhores experiências em sala de aula.

As etapas de seletivas da Olimpíada ocorreram durante todo o ano de 2019, em níveis locais, municipais, estaduais, e as regionais, em que saíram os semifinalistas que disputarão a Grande Final no dia 9 de dezembro, em São Paulo. Da região norte, 9 candidatos concorrerão aos prêmios máximos em cada categoria.

Entre os alunos finalistas, Eloís Eduardo do Santos, Thomaz Menezes, de 17 anos e Raele Brito, de 16, estudantes da 2ª série do ensino médio, sob orientação da professora Ynaiara Moura da Silva, todos da Escola Integral Professor Humberto Soares da Costa, de Rio Branco, no Acre, que concorrem na categoria Documentário.

Para Raele, a semifinal, realizada em novembro deste ano, também em São Paulo, foi uma oportunidade de novos conhecimentos.

“Pra mim foi interessante, a gente conquistou conhecimento de novas culturais, novos lugares, oficinas e isso foi muito importante, pois tivemos a oportunidade de ter conhecimentos diferentes que a gente nunca teve aqui na escola, mas pôde ter fora”, disse.

Representantes do Acre | Foto:Acervo Pessoal/Ynaiana Moura

Eloís também integra a equipe, e conta que a experiência foi incrível. “Pra mim, a experiência de estar na OLP é incrível, só de ter viajado e ido à São Paulo, eu não tenho condições, foi uma oportunidade única pra mim”, lembra.

“A experiência de estar na Olimpíada é maravilhosa. No início éramos apenas a Escola Humberto Soares, mas hoje estamos representando nosso estado, e a categoria dos professores do Acre. Estamos muito felizes e em busca da medalha de ouro”, ressalta a professora que coordena o trio, Ynaiara Moura.

O Acre concorre o documentário “Nordestinos no Acre“, que retrata em cinco minutos a chegada dos nordestinos durante o ciclo da borracha. É a avó de um dos alunos que chegou ao estado aos 10 anos de idade, que relata a vontade que o pai dela tinha em conhecer essa terra e ela veio para nosso estado muito nova. Eles comentam sobre as comidas típicas e gravaram também em alguns pontos turísticos, como a Gameleira, Mercado Velho e Palácio Rio Branco.

Na outra ponta da Região Norte está o Amapá, que concorre em 2 categorias, a de Crônica e a de Artigo de Opinião, proposta por Eduardo Patrick Penante Ferreira, aluno do 3º ano do Ensino Médio, na Escola Estadual Sebastiana Lenir de Almeida, e orientado pela professora Maria Cely Silva Santiago.

Cely leciona há 25 anos na mesma escola, e ressalta o esforço que é feito para ter seus alunos engajados na Olimpíada.

“Comecei a participar da Olimpíada em 2008, pois achei interessante o material que ela fornece. Contudo, não foi uma tarefa fácil, e enfrentei muitas dificuldades, principalmente com alunos que não queriam escrever, mas trazendo os textos de alunos já premiados consegui fazer com que eles participassem”, conta a professora.

Ainda segundo ela, receber medalhas é bom, mas o mais importante é a valorização da docência.

“Isso a Olimpíada me proporcionou, pois representar a escola que trabalho há 25 anos no Encontro Regional da OLP em São Paulo foi inesquecível, trouxe uma bagagem de conhecimentos e ver a alegria do Eduardo Patrick é gratificante, fruto de muito esforço da parte dele. Está entre os melhores é marcante, com isso, aprendi que tenho que acreditar em meus alunos e vale a pena lutar para melhorar a educação do meu estado”, ressalta a professora.

Alunos Eduardo Patryck e professora Maria Cely | Foto: Acervo Pessoal/Maria Cely


Confira os outros finalista da região:


Acre

“Categoria Documentário”

Título: Nordestinos no Acre 
Alunos: Eloís Eduardo, Raele Brito e Thomaz Oliveira
Professora: Ynaiara Moura da Silva
Rio Branco/AC
Escola: Esc Humberto Soares da Costa

Amapá

“Categoria Artigo de Opinião”

Título: Verde, amarelo, azul e preto
Aluno: Eduardo Patrick Penante Ferreira
Professora: Maria Cely Silva Santiago
Macapá/AP
Escola: ESC EST Sebastiana Lenir de Almeida

“Categoria Crônica”

Título: Dama da rua, dama de ouro
Aluna: Glaucia Beatriz Monteiro Machado
Professora: Josefa Maria Taborda do Nascimento Silva
Macapá/AP
Escola: ESC EST Prof. Irineu da Gama Paes

Pará

“Categoria Poema”

Título: A tela
Aluna: Mayra Lourrana de Souza Silva
Professor: Edio Wilson Soares da Silva
Vitória do Xingu/PA
Escola: E M E I E F Daniel Berg   
 

“Categoria Crônica”

Título: Boca de badalo
Aluno: Geizy Taissa de Souza Santos
Professor: Valdimiro da Rocha Net
Breu Branco/PA
Escola: E.M.E.F Antonio Oliveira Santana

“Categoria Memórias Literárias”

Título: Quase um cinema a céu aberto
Aluna: Débora Kelly Costa Bilhar
Professor: Mirinaldo da Silva e Silva
Vitória do Xingu/PA
Escola: E M E F Alianca Para o Progresso

Título: Rio afora, rio adentro… A vida segue
Aluno: Victor Augusto de Alencar Menezes
Professor: Paulo Reinaldo Almeida Barbosa
Belém/PA
Escola: Colégio Militar de Belém

Amazonas

“Categoria Poema”

Título: Minha morena e adorada Manaus
Aluna: Heloisa Bernardo de Moura
Professor: Antonio de Souza Braga
Manaus/AM
Escola: E. M. Santa Etelvina

“Categoria Memórias Literárias”

Título: Lata d’água na cabeça lá vou Maria
Aluna: Evellyn Isabelle Lima Vale
Professora: Lúcia Nery da Silva Nascimento
Manaus/AM  
Escola: Escola Estadual Prof¬ Alda Barata

Sobre a OLP

A 6ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa recebeu 171.035 inscrições nas cinco categorias por gênero textual, com adesão de todos os estados e de 4.876 municípios (87,5% do total), alcançando 42.086 escolas.
A Olimpíada é realizada pelo Itaú Social e pelo Ministério da Educação (MEC) com coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). O objetivo é apoiar os professores da rede pública no aprimoramento das práticas de ensino de leitura e escrita. A partir da metodologia do Programa Escrevendo o Futuro, os professores realizaram oficinas de produção de texto com os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio.

O concurso conta com a parceria da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), da Fundação Roberto Marinho e do Canal Futura.

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