Estudante indígena realiza registro da língua Paiter Suruí de Sinais

Ibobinha Suruí, indígena e acadêmico da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), conduziu um estudo de mapeamento e registro da Língua Paiter Suruí de Sinais.

Ibobinha Suruí, indígena e acadêmico do curso de Licenciatura em Educação Básica Intercultural da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Campus de Ji-Paraná, tornou-se recentemente o primeiro acadêmico da UNIR a conduzir um estudo de mapeamento e registro da Língua Paiter Suruí de Sinais.

Intitulado ‘Registrando a Língua Paiter Suruí de Sinais: uma abordagem didática intercultural com Arthur Pamãyãd Suruí da Aldeia Oykatxer Surui’, o estudo teve como objetivo mapear e registrar os sinais de comunicação específicos em Paiter Suruí. 

A pesquisa é fruto do trabalho de conclusão de curso do acadêmico, que é professor indígena na aldeia Oykatxer Suruque, e contou com a participação especial de seu filho surdo, Arthur Pamãyãd Suruí. Aliando a pesquisa e a motivação pessoal, o trabalho resultou no canal “Língua Paiter de Sinais” no YouTube.

Imagem ilustrativa da Língua de Sinais brasileira. Foto: Divulgação/Fotos públicas

O estudo traz registros de sinais em Paiter, com imagens da sinalização e sua sequência. Para proporcionar uma experiência visual mais completa, imagens e vídeos das sinalizações da Língua de Sinais Paiter Suruí foram disponibilizados através de QR codes com tradução. Cada sinalização feita por Arthur foi documentada e disponibilizada no YouTube, permitindo fácil acesso e utilização como material pedagógico.

A abordagem inovadora proposta por Ibobinha no estudo busca promover a acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva no contexto escolar indígena, especialmente na Terra Indígena 7 de Setembro, pertencente ao Povo Paiter. Além disso, sua produção também poderá ser utilizada como material de apoio pedagógico, contribuindo para a valorização da Língua Paiter Suruí de Sinais.

O autor conduziu este trabalho inédito de mapeamento e registro da Língua Paiter Suruí de Sinais sob a orientação das professoras Vanubia Sampaio dos Santos Lopes (Deinter/UNIR) e Rosiane Ribas Eler (DACHS/UNIR), cuja defesa foi em dezembro.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Desafio anual: relatos de moradores do sul do Amazonas ao enfrentar o verão amazônico

O cenário é reflexo do aumento geral dos focos de calor na Amazônia Legal, apesar da redução no desmatamento, o que sugere que as queimadas continuam a ser uma prática preocupante na região.

Leia também

Publicidade