Doutorando da UFRA é eleito Pesquisador Inovador de 2020 em Ecologia e Manejo Florestal

O discente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais (PPGCF) da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) Raphael Lobato Prado Neves foi premiado como Innovative researcher of the year in Forest Ecology and Management (em português, “pesquisador inovador do ano em Ecologia e Manejo Florestal”) pelo World Research Council, organização internacional que busca estimular a pesquisa e a inovação.

Foto:Divulgação/Ufra

O prêmio foi proveniente do primeiro artigo de sua tese de doutorado do PPGCF, intitulado Post-harvesting silvicultural treatments in canopy logging gaps: medium-term responses of commercial species under tending and enrichment planting (em português, “Tratamentos silviculturais pós-colheita em clareiras de exploração florestal: efeitos a médio prazo de espécies comerciais sob condução do plantio e condução da regeneração natural”), publicado em 2019 na revista científica Forest Ecology and Management.

A coordenadora do PPGCF, professora Lina Bufalino, explica a premiação é feita após uma rigorosa análise de 12 passos pelo Comitê de Membros do Painel (http://www.ijrula.com/selection-committee/), incluindo nível de balanceamento entre teoria e prática na pesquisa realizada. Segundo ela, o discente recebeu a notícia dia 21 de dezembro de 2019 e relatou a surpresa com a honraria. “O prêmio consiste numa importante conquista para o programa, contribuindo com sua internacionalização, prestígio e demonstração de impacto da pós-graduação na sociedade”, afirma a professora.

A tese está sendo desenvolvida no âmbito do projeto “Conservação, recuperação e rendimento de florestas na Amazônia Oriental via manejo de clareiras”, coordenado pelo pesquisador Gustavo Schwartz da Embrapa/Amazônia Oriental e professor permanente do programa da Ufra. A execução do projeto é realizada na empresa Jari Florestal S.A.

Foto:Divulgação/Ufra

De acordo com o premiado, Raphael Prado, o artigo traz uma abordagem que visa mitigar a baixa densidade de espécies comerciais na Amazônia, principalmente após a exploração de impacto reduzido, que ocasiona mortalidade em até 11 anos após essa exploração. “Objetivamos investigar qual o efeito a médio prazo dos tratamentos silviculturais pós-colheita na sobrevivência, no crescimento e na estrutura das espécies comerciais, tanto as plantadas quanto as de regeneração natural, ambas conduzidas em clareiras de exploração florestal. Estes tratamentos poderão auxiliar em uma mais rápida produção madeireira associada com a conservação de espécies comerciais”, diz o doutorando.

Ele conta que a honraria é um reconhecimento da importância do trabalho de toda a equipe do projeto. “Esse prêmio representa o resultado de todo o esforço e dedicação que todos os participantes, direta e indiretamente, dedicam à realização deste projeto que iniciou em 2006. Todos estamos extremamente honrados pelo reconhecimento internacional e acreditamos que o prêmio dará maior visibilidade ao trabalho. Esperamos poder contribuir para que as gerações futuras tenham também o privilégio de usufruírem dos recursos florestais da mesma forma que às anteriores”.

O artigo, em inglês, está disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378112719310539.

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