O Amazonas apresentou crescimento no volume do comércio varejista de 3% na comparação com o mês anterior, e já acumula crescimento em cinco dos sete meses do ano, ficando em 1º lugar no ranking dos Estados que mais cresceram neste período, o resultado faz parte da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta terça-feira (12), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com o mês anterior, em julho, o comércio amazonense teve o melhor desempenho do país; tendo Santa Catarina (2,4%) e Roraima (2,2%) com a segunda e a terceira posição. Nessa mesma comparação, em 2017, o Amazonas ocupa a terceira colocação com 5% de crescimento; atrás apenas de Santa Catarina (13,1%) e Alagoas (7,6%). Assim, tanto o volume de vendas como a receita nominal, tiveram bom desempenho no mês de julho em ambas as comparações: mês anterior ou igual mês do ano anterior. O bom desempenho das vendas no mês reforça a tendência de que 2017 será bem melhor do que foi 2016.
Segundo a pesquisa, o comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, registrou variação de 15,2% em relação a igual mês do ano anterior. Assim já acumula crescimento de 9,3% em 2017 e 4,1% nos últimos doze meses.
O superior desempenho do comércio varejista ampliado em relação ao comércio normal, indica que dois importantes ramos do comércio estão tendo boas vendas: veículos e material de construção. A melhoria dessas duas atividades comerciais demonstra uma mudança de postura do consumidor, tanto na aquisição de um bem valioso (veículo) quanto no investimento para construção.
Mas segundo o presidente da Federação da Câmara dos Dirigentes Lojistas (FCDL), Ezra Benzion, o Amazonas foi um dos Estados que mais sofreram queda nas vendas do comércio em todo o Brasil, e é normal que haja uma recuperação um pouco mais forte para tentar se igualar ao restante do país. “Mas a melhora do comércio não vem sozinha, ela vem com a melhora no desempenho da indústria, do agronegócio, o único setor que ainda não se recuperou, foi o de serviços”, comentou.
De acordo com Benzion, para que os números do Estado fiquem equiparados, é necessário que se volte a crescer como nos anos de 2013 e 2014, pois nos últimos anos o Amazonas está apresentando apenas quedas em vendas. “Nossa expectativa é que as coisas melhorem, porque nós estamos vivendo dois anos de recessão, então melhorar 3% em cima de uma base ruim não quer dizer muita coisa, esse resultado nos dá um alento, mas está longe de ser considerado um crescimento considerado para o Amazonas”, frisou.
Contratações no comércio
Para o presidente da FCDL, o aumento nas vendas do varejo ainda não pode se refletir em contratações para o comércio. Pois além dos tempos de crise, muitos empresários estão esperando chegar o mês de novembro, para iniciar as contratações de acordo com as novas leis da Reforma Trabalhista. “Esse resultado tem mais a ver com venda de produtos em estoque, do que de aumento de compras de novos produtos, e tudo isso foi motivado pela liberação do saldo das contas inativas do FGTS, isso movimentou a economia, porém, para o Dia das Crianças que é considerada a terceira melhor data de vendas do comércio, as contratações vão acontecer de forma tímida, o grande ‘boom’ das contratações será mesmo a partir de novembro para as compras de final de ano”, explicou Benzion.
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Dados Nacionais
De acordo com a pesquisa o volume do comércio varejista nacional repetiu no mês de julho de 2017, o mesmo patamar do mês anterior, após acumular 2,2% em três meses consecutivos de expansão, na série com ajuste sazonal. Mesmo com o comportamento positivo dos últimos meses, o patamar das vendas de julho de 2017 encontra-se 8,7% abaixo do nível recorde alcançado em novembro de 2014.
O setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo está entre os três que mais avançaram nas vendas e teve variação de 0,7%, entre junho e julho. Os outros destaques foram tecidos, vestuário, calçados (0,3%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4,4%).
O setor de combustíveis e lubrificantes registrou queda (-1,6%) na mesma comparação, como também artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,4%) e artigos de uso pessoal e doméstico (-0,2%). Os três pressionaram negativamente o indicador do comércio varejista de julho.
Os estudos realizados em Monte Alegre, no Pará, pela arqueóloga Edithe Pereira, já originaram exposições, cartilhas, vídeos, sinalização municipal, aquarelas, história em quadrinhos e mais,