Varejo do Amazonas busca consolidar retomada no crescimento

O crescimento de 2,8% no volume de vendas do comércio varejista amazonense em novembro (comparado a outubro) e a boa movimentação com as festas de fim de ano, parecem confirmar as previsões da retomada da economia para 2018. Os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira (9) representam um crescimento de 13,8% em relação ao mesmo mês de 2016. No acumulado do ano de janeiro a dezembro, o crescimento é de 7,6%. Já nos últimos 12 meses o aumento é de 6,9%.

O avanço nas vendas está diretamente relacionado ao crescente poder de compra do consumidor no último trimestre do ano passado, e a ideia é manter esses números elevados, acompanhando a gradativa melhora da economia, conta o presidente da Associação do Comércio do Amazonas (ACA) Ataliba David Antonio Filho.

“Muitos são os fatores que contribuíram para esse crescimento, mas o que eu mais destaco é o alto poder de compras que os consumidores têm adquirido nos últimos meses. A economia tem contribuído ainda que em passos lentos, junto com as taxas de juros baixas que tem ajudado o consumidor a investir. Esperamos manter o ritmo de retomada neste ano”, disse.

No comércio varejista ampliado, onde são incluídos atividades de veículos, motos, partes e peças de material de construção, o Estado teve um crescimento muito positivo e registrou uma alta de 19,1% em relação a outubro. No acumulado do ano de janeiro a dezembro alcançou 11,7%. E no acumulado de 12 meses 10,4%.

“As pessoas têm investido em consumo de bens duráveis, tem segurado os recursos adquiridos, como os extras e benefícios que foram liberados em 2017. A restituição do imposto de renda pode ser mais um ponto favorável, já que mais dinheiro será injetado na economia. Enumero também a confiança que a estabilidade econômica tem dado ao consumidor”, explicou. Já no índice de variação de receita nominal, em novembro o Estado obteve um crescimento de 2,8% em relação a outubro. Em relação ao mesmo mês do ano passado o aumento foi de 10,6%. No acumulado do ano de janeiro a novembro os números subiram 7,3%. Nos 12 meses os índices registraram 6,9%.

  

Foto: Walter Mendes / Jornal do Commercio
Nível nacional

A nível nacional, de oitos atividades pesquisadas, cinco mostraram variações positivas no mês de novembro em relação a outubro. Na série com ajuste sazonal, os maiores crescimento foram nos setores de Outros e Artigos de Uso Pessoal com uma alta de 8,0%; Móveis e Eletrodomésticos 6,1%; Livros, jornais e papelarias 14%; artigos farmacêuticos, médicos e ortopédicos, de perfumaria e cosméticos 1,2%; e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumos 0,8%.

Já no recuo das vendas estão os setores de combustíveis e lubrificantes com uma queda de 1,8% e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação -5,8%; setor de Tecidos, vestuários e calçados(0,0%) manteve as vendas estáveis na passagem de outubro para novembro de 2017.

Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Lubrificantes, Álcool, e Gás Natural do Estado do Amazonas (Sindcombustíveis-AM), Luiz Felipe Moura Pinto, a queda na venda de combustíveis no Amazonas, está associada diretamente às constantes variações de preço estipuladas pela Petrobras e repassada aos postos e principalmente a situação econômica do país. “A economia do país afetou o segmento de combustível como qualquer outro setor do comércio. Houve sim uma baixa nas vendas.

As distribuidoras mudam constantemente o preço do combustível para os postos de acordo com a cotação do barril no mercado, o que consequentemente obriga donos de postos a aumentar o valor do combustível para o consumidor final. Mas, temos uma perspectiva de melhora”, disse.  

Foto: Walter Mendes / Jornal do Commercio
Comércio varejista ampliado

No o comércio varejista ampliado, as vendas cresceram 2,5% em novembro em relação a outubro de 2017, no setor de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção, o aumento foi de 1,5% e 2,3%.
Projeção de crescimento maior

Usando como base os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismos (CNC), estima um crescimento ainda maior, de 3,9% no setor em 2017.

Para o chefe de divisão econômica da CNC, Fábio Bentes, entre 2014 e 2016 o volume médio de vendas do setor recuou 20% revelando que apesar dos recentes resultados positivos, a estrada de recuperação do nível de vendas anterior à crise econômica será longa, não devendo ocorrer antes de 2020.

Segundo o economista-chefe da CNC, a razão básica para se acreditar em crescimento é o recuo da inflação, situando-se ao redor de 3% no fim de 2017, com a consequente estabilidade dos preços dos produtos. “O crescimento do comércio ainda é tímido, mas – e isso tem muita importância – difuso. Dos dez segmentos do varejo, há elevação de vendas em sete. Isso tende a se solidificar em 2018. Nossa previsão para o ano que vem aponta um crescimento entre 4,5% e 5%”, disse.

  

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