O estado de Roraima foi o que mais desperdiçou vagas disponibilizadas a menores aprendizes no mercado de trabalho do norte do país entre janeiro e junho deste ano. A informação foi divulgada pelo Ministério do Trabalho.
Ocupando apenas o quinto lugar no ranking de contratações de jovens aprendizes na região, com o preenchimento de 424 vagas, o estado admitiu 37% dos potenciais jovens profissionais.
O segundo estado que mais desprezou as vagas destinadas a jovens aprendizes foi Rondônia, com o preenchimento de apenas 30,34% das 5.145 potenciais vagas.
Com 4.491 profissionais temporários contratados, o estado do Pará foi o que mais contratou jovens aprendizes no primeiro semestre de 2018. O número, no entanto, representa apenas 25,73% da capacidade de contratação para esse tipo de profissionais no estado.
UF |
Potencial* |
Admitidos |
% |
Acre |
1.708 |
395 |
23,13 |
Amapá |
1.402 |
208 |
14,84 |
Amazonas |
11.299 |
2.933 |
25,96 |
Maranhão |
11.013 |
1.637 |
14,86 |
Mato Grosso |
17.409 |
3.486 |
20,02 |
Pará |
17.457 |
4.491 |
25,73 |
Rondônia |
5.145 |
1.561 |
30,34 |
Roraima |
1.122 |
424 |
37,79 |
Tocantins |
4.125 |
1.010 |
24,48 |
Fonte: MTE
*O potencial refere-se à cota mínima (5%) das empresas que devem cumprir a cota de aprendizagem
Brasil
O Brasil contratou mais de 227 mil jovens por meio da Lei da Aprendizagem Profissional no primeiro semestre do ano. Um balanço apresentado pelo Ministério do Trabalho indica a admissão de 227.626 trabalhadores na condição de aprendizes entre janeiro e junho de 2018.
De acordo com a legislação, todas as empresas de médio e grande portes devem manter em seus quadros de funcionários adolescentes e jovens entre 14 e 24 anos na modalidade de aprendiz. Para os aprendizes com deficiência não há limite máximo de idade. As cotas variam de 5% a 15% por estabelecimento, excluídas as funções que não entram para o cálculo da cota de aprendizagem. O Brasil já contabiliza 3.460.904 aprendizes contratados desde 2005, quando a lei foi regulamentada pelo Decreto 5598.
Setores e ocupações
Entre os setores que mais contrataram aprendizes no primeiro semestre do ano estão a Indústria da Transformação, com 58.768 admissões, e o comércio, com 57.789. As ocupações com mais oportunidades para os jovens foram as de auxiliar de escritório e assistente administrativo. Mais de 50% de todas as contratações ocorreram nessas áreas. Tiveram destaque também as funções de vendedor do comércio varejista, repositor de mercadoria e mecânico de manutenção de máquinas.
Gênero
Do total de aprendizes contratados no primeiro semestre do ano, 118.520 são do sexo masculino (52,07%) e 109.106 do sexo feminino (47,93%). Em apenas três unidades da federação o número de mulheres contratadas superou o de homens: Amapá, Pernambuco e Rio Grande no Norte.