Dezesseis mulheres da beira do Rio Tauá, em Breves, no Arquipélago do Marajó, foram capacitadas, no período de 14 a 16 de março, em manejo de ecossistema de várzea, com foco em açaí nativo, pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater). Uma reunião está marcada para o dia 28 deste mês, com extrativistas de açaí da localidade do Furo de Breves para mobilizar a comunidade para um curso semelhante na área.
O grupo total de participantes treinados foi de 20 agricultores, todos da comunidade Nossa Senhora da Luz, atendida pela Emater desde 2011. No local moram 50 famílias, cujas principais atividades são justamente o extrativismo do açaí e o plantio de mandioca.
“Nossa ideia é trabalhar todo o ecossistema, e não só o açaí, porque entendemos que na várzea existem diversos outros produtos que geram renda e fortalecem tradições, de valor comercial e cultural, nos quais a Emater já investe em nível de assistência técnica e extensão rural, até divulgando, como o pracaxi, andiroba e muru-muru”, explica o chefe do escritório local da Emater em Breves, o engenheiro agrônomo Waldomiro Rosa.
De acordo com Rosa, com o manejo, depois do terceiro ano de intervenções a produtividade dos açaizais nativos chega a aumentar em 100%. O objetivo da Emater, também, é que as famílias capacitadas tenham acesso a crédito da linha Floresta do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Os projetos, de R$ 14 mil para cobertura de dois hectares em média, já estão sendo elaborados e devem ser apresentados aos bancos até o fim deste mês.